Plinq: Uma Plataforma para a Segurança das Mulheres
A curitibana Sabrine Matos não tinha formação em programação, nem um plano de negócios formal. Após testemunhar o feminicídio de uma jornalista, vítima de um homem com histórico de violência desconhecido, ela decidiu agir. Desta experiência nasceu o Plinq, um site que permite a verificação de antecedentes criminais utilizando nome, CPF ou telefone.
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O Surgimento de uma Ideia
Em menos de dois meses após o lançamento, a ferramenta ultrapassou 10 mil usuárias e viralizou nas redes sociais, com milhões de visualizações no TikTok. Matos, em parceria com Felipe Bahia, um sócio sem formação técnica, utilizou a plataforma no-code da Lovable para desenvolver o projeto. “Queríamos algo funcional e rápido, não perfeito”, explica Matos.
Tecnologia e Impacto
O Plinq se baseia em uma ferramenta americana que cresceu exponencialmente, valendo atualmente US$ 1,8 bilhão. A plataforma oferece uma interface simples, permitindo que qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento técnico, crie protótipos de produtos com alto nível de refinamento. Cada busca equivale a um crédito, com um plano mensal que permite acesso ilimitado.
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Casos Reais e o Futuro do Plinq
Matos estima que a plataforma já tenha ajudado em mais de 100 casos, evitando situações perigosas. Em um desses casos, uma amiga, prestes a sair com um homem da academia, realizou a verificação, que revelou oito ocorrências, incluindo racismo, tráfico e violência doméstica. Em outro, uma cliente descobriu que seu parceiro havia cometido homicídio. O próximo passo é o lançamento de um aplicativo móvel, com recursos como verificação social, botão de emergência e check-in de segurança.
Investimento e Visão Feminista
Matos também está preparando uma rodada pré-seed, buscando investimento apenas de mulheres. A startup estima arrecadar R$ 1 milhão em até 40 dias, com um plano de negócios que projeta uma receita de R$ 2,2 milhões no primeiro ano, impulsionada por assinaturas individuais e vendas para empresas. “Queremos criar um negócio feito por e para mulheres”, afirma a fundadora, ressaltando que o direito à vida vem antes do direito à privacidade.
