Sabrine Matos cria plataforma para alertar mulheres sobre “boy”

Sabrine Matos, sem experiência em programação, desenvolveu o Plinq, plataforma que em dois meses projeta R$ 2,2 milhões em receita.

30/09/2025 9:35

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Plinq: Uma Plataforma para a Segurança das Mulheres

A curitibana Sabrine Matos não tinha formação em programação, nem um plano de negócios formal. Após testemunhar o feminicídio de uma jornalista, vítima de um homem com histórico de violência desconhecido, ela decidiu agir. Desta experiência nasceu o Plinq, um site que permite a verificação de antecedentes criminais utilizando nome, CPF ou telefone.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Surgimento de uma Ideia

Em menos de dois meses após o lançamento, a ferramenta ultrapassou 10 mil usuárias e viralizou nas redes sociais, com milhões de visualizações no TikTok. Matos, em parceria com Felipe Bahia, um sócio sem formação técnica, utilizou a plataforma no-code da Lovable para desenvolver o projeto. “Queríamos algo funcional e rápido, não perfeito”, explica Matos.

Tecnologia e Impacto

O Plinq se baseia em uma ferramenta americana que cresceu exponencialmente, valendo atualmente US$ 1,8 bilhão. A plataforma oferece uma interface simples, permitindo que qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento técnico, crie protótipos de produtos com alto nível de refinamento. Cada busca equivale a um crédito, com um plano mensal que permite acesso ilimitado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Casos Reais e o Futuro do Plinq

Matos estima que a plataforma já tenha ajudado em mais de 100 casos, evitando situações perigosas. Em um desses casos, uma amiga, prestes a sair com um homem da academia, realizou a verificação, que revelou oito ocorrências, incluindo racismo, tráfico e violência doméstica. Em outro, uma cliente descobriu que seu parceiro havia cometido homicídio. O próximo passo é o lançamento de um aplicativo móvel, com recursos como verificação social, botão de emergência e check-in de segurança.

Investimento e Visão Feminista

Matos também está preparando uma rodada pré-seed, buscando investimento apenas de mulheres. A startup estima arrecadar R$ 1 milhão em até 40 dias, com um plano de negócios que projeta uma receita de R$ 2,2 milhões no primeiro ano, impulsionada por assinaturas individuais e vendas para empresas. “Queremos criar um negócio feito por e para mulheres”, afirma a fundadora, ressaltando que o direito à vida vem antes do direito à privacidade.

Leia também:

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.