Rússia e Ucrânia buscam acordos de paz na segunda-feira, em razão da escalada do conflito

Donald Trump exige um acordo e ameaça abandonar a mediação; as propostas devem ser apresentadas na reunião.

02/06/2025 0h41

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(Imagem de reprodução da internet).

Representantes da Rússia e da Ucrânia se encontrarão nesta segunda-feira (2) em Istambul, na Turquia, para uma nova rodada de negociações de paz.

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Após dias de incerteza quanto à participação ou não da Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelensky anunciou que o ministro da Defesa Rustem Umerov estará presente.

As negociações, lideradas pelo presidente russo Vladimir Putin, resultaram na maior troca de prisioneiros durante o conflito, porém, não houve acordo sobre o fim dos confrontos.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condicionou um acordo à realização das negociações e ameaçou abandonar o processo caso isso não ocorresse.

Caso isso ocorra, a responsabilidade de apoiar a Ucrânia recairia quase que integralmente sobre as potências europeias, que possuem muito menos recursos financeiros e estoques de armas significativamente menores do que os Estados Unidos.

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Trump descreveu Putin como “louco” e criticou Zelensky publicamente na Sala Oval da Casa Branca, mas o presidente dos EUA também afirmou acreditar que a paz é possível e que, caso o líder russo continue a boicotar as negociações, ele poderá aplicar sanções severas à Rússia.

Segundo Keith Kellogg, enviado de Trump, ambos os lados apresentaram na Turquia seus documentos com as ideias para os termos de paz, embora seja evidente que, após três anos de guerra intensa, Rússia e Ucrânia mantêm muitas divergências.

Os negociadores ucranianos apresentaram ao lado russo um esboço proposto para alcançar um acordo de paz duradouro, conforme uma cópia do documento vista pela Reuters.

Conforme o texto, após a assinatura de um acordo de paz, não haverá restrições ao uso da força militar ucraniana, nenhum reconhecimento internacional da soberania russa sobre territórios ocupados por Moscou e indenizações ao país liderado por Zelensky.

O documento também afirma que a localização atual da linha de frente será o ponto de partida para as negociações sobre o território.

Atualmente, a Rússia detém cerca de um quinto da Ucrânia, correspondendo a aproximadamente 113.100 quilômetros quadrados.

Em junho do ano passado, Putin definiu suas condições iniciais para o fim da guerra: a Ucrânia deveria renunciar a quaisquer aspirações na OTAN, a aliança militar ocidental, e remover todas as suas forças de todo o território das quatro regiões ucranianas reivindicadas e ocupadas pela Rússia.

Segundo dados americanos, mais de 1,2 milhão de indivíduos sofreram mortes e lesões em conflitos desde 2022.

Com antecedência às negociações de paz, Ucrânia e Rússia intensificaram a guerra com uma das maiores batalhas de drones do conflito e um ataque ousado a bombardeiros com capacidade nuclear na Sibéria.

A Ucrânia lançou um ataque com bombardeiros de longo alcance, possuindo capacidade nuclear, contra uma base militar na Sibéria, o primeiro ataque desse tipo até então proveniente das linhas de frente, a mais de 4.300 km de distância.

Um membro do serviço de inteligência ucraniano afirmou que 40 aeronaves militares russas foram atingidas e que o dano estimado excede US$ 7 bilhões.

A Rússia lançou 472 drones contra a Ucrânia durante a madrugada de domingo, a maior ofensiva noturna da guerra até o momento. Foram lançados também sete mísseis, segundo a força aérea.

A Rússia afirmou ter progredido ainda mais na região de Sumy, na Ucrânia, e mapas de fontes abertas ucranianos indicaram que o Exército de Vladimir Putin conquistou 450 quilômetros quadrados de território ucraniano em maio, o avanço mensal mais rápido em pelo menos seis meses.

Além desses eventos, pelo menos sete mortes e 69 ferimentos foram registrados quando uma ponte rodoviária na região russa de Bryansk, próxima à Ucrânia, foi destruída sobre um trem de passageiros com destino a Moscou, contendo 388 pessoas, de acordo com a Rússia.

Ninguém assumiu a responsabilidade por este caso.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.