Rússia e EUA assinam tratado histórico de armas nucleares em 2010

Obama e Medvedev assinam tratado histórico que restringe número de ogivas nucleares.

27/09/2025 12:06

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Prorrogação do New START: Negociações Complexas entre EUA e Rússia

A Rússia propôs aos Estados Unidos uma extensão de um ano no tratado de armas nucleares New START. Este acordo, assinado em 2010 pelos presidentes Barack Obama e Dmitry Medvedev, limita o número de ogivas nucleares estratégicas que os dois países podem implantar. O tratado estabelece limites de 1.550 ogivas para os EUA e 700 para a Rússia, além de restrições aos mísseis de longo alcance.

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Limites e Possíveis Violações

De acordo com dados da Federação de Cientistas Americanos (FAS), a Rússia e os Estados Unidos possuem estimativas de 4.309 e 3.700 ogivas nucleares, respectivamente. A Rússia lidera o ranking. A China possui cerca de 600 ogivas. Analistas preveem que ambos os lados podem violar os limites se o tratado não for prorrogado ou substituído, devido à falta de diálogo sobre questões nucleares após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.

Propostas e Reações

Putin propôs a extensão do acordo para “evitar provocar uma nova corrida armamentista estratégica e garantir um nível aceitável de previsibilidade e contenção”. No entanto, essa proposta depende do acordo mútuo com os EUA. Donald Trump, por sua vez, expressou em julho o desejo de manter os limites do New START, afirmando que a remoção das restrições criaria um “grande problema”. Trump também defendeu a inclusão da China nas negociações sobre controle de armas, com o objetivo final de desnuclearização.

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Barreiras e Possíveis Benefícios

Putin mencionou especificamente os planos de defesa antimísseis dos EUA – referindo-se ao Domo de Ouro – como uma possível desestabilização. Donald Trump, em maio, anunciou um projeto para o Domo de Ouro, com um custo estimado de US$ 175 bilhões, visando detectar e interceptar mísseis. A prorrogação do New START poderia fornecer tempo para negociar um tratado sucessor e evitar uma nova corrida armamentista. Ambos os lados poderiam apresentar a prorrogação como um passo concreto para aliviar as tensões e normalizar as relações entre os países.

Conclusão

A negociação da prorrogação do New START representa um desafio complexo, com implicações significativas para a segurança global. A decisão de ambos os países de continuar ou não o acordo terá um impacto direto na estabilidade geopolítica e na prevenção de conflitos nucleares.

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Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.