O presidente bielorrusso Alexander Lukashenko afirmou, na terça-feira (16), que a Rússia e Belarus estão conduzindo exercícios de simulação para o lançamento de armas nucleares táticas russas, em cenários de jogos de guerra coordenados.
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Segundo a mídia estatal, o chefe de gabinete da Bielorrússia declarou que os exercícios incluem também o míssil hipersônico Oreshnik russo, que foi testado no ano passado durante a guerra com a Ucrânia.
Os países realizam cinco dias de exercícios militares, com o nome de código Zapad, uma demonstração de poder que, segundo eles, tem como objetivo avaliar sua capacidade de combate, mas que causou preocupação em alguns países vizinhos devido ao conflito em curso.
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Os exercícios militares, que, segundo analistas militares ocidentais, visam intimidar a Europa, acontecem poucos dias após as forças polonesas e da Otan alegarem ter derrubado drones russos que invadiram o espaço aéreo polonês.
A fronteira de Varsóvia com a Bielorrússia foi fechada temporariamente, em medida preventiva.
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A Bielorrússia, aliada russa que compartilha fronteiras com a Ucrânia e a Rússia, além de possuir limites com países da OTAN como Polônia, Lituânia e Letônia, hospeda armas nucleares táticas russas, sob o comando e controle de Moscou.
O país está buscando reativar e modernizar suas instalações de armazenamento nuclear herdadas do período soviético.
Lukashenko, conforme declarado pela agência estatal bielorrussa Belta, afirmou que era esperado que armas nucleares táticas russas estivessem incluídas nos exercícios Zapad.
Ele afirmou que estão exercitando tudo ali. Eles (o Ocidente) também sabem disso, não estamos ocultando. Desde o uso de armas de pequeno calibre até ogivas nucleares. Precisamos, mais uma vez, ser capazes de realizar tudo isso. Caso contrário, por que estão no território bielorrusso?
“Mas não estamos absolutamente planejando ameaçar ninguém com isso”, acrescentou.
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou no final do ano passado que a Rússia poderia utilizar mísseis balísticos, que ele considera invulneráveis a interceptações, em território bielorruso no segundo semestre de 2025.
Lukashenko, que mantinha conversas frequentes com Putin, possibilitou que Moscou utilizasse seu território para invadir a Ucrânia em fevereiro de 2022, sem, contudo, enviar suas próprias forças ao conflito.
O presidente dos EUA, Donald Trump, iniciou o fortalecimento de relações com Lukashenko e flexibilizou algumas sanções contra a Bielorrússia na semana passada em razão da soltura de 52 presos, entre eles opositores políticos do líder bielorrusso.
Oficiais militares dos EUA observaram parte do exercício Zapad na Bielorrússia na segunda-feira (15) como um sinal do aquecimento das relações.
Fonte por: CNN Brasil
