Rússia afirma necessitar de “tempo” para responder ao ultimato de Trump

Na segunda-feira (14), o presidente dos EUA concedeu a Moscou 50 dias para cessar sua intervenção na Ucrânia, iniciada em 2022, sob a ameaça de severas …

15/07/2025 13:57

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Moscú, 19/04/2025.- El presidente ruso, Vladímir Putin, anunció hoy un alto el fuego con ocasión de la Pascua Ortodoxa, que se extenderá desde las 18.00 hora local (15.00 GMT) de este sábado hasta la medianoche del domingo al lunes. EFE/Kremlin -SOLO USO EDITORIAL/SOLO DISPONIBLE PARA ILUSTRAR LA NOTICIA QUE ACOMPAÑA (CRÉDITO OBLIGATORIO)-
Moscú, 19/04/2025.- El presidente ruso, Vladímir Putin, anunció ...

O Kremlin assegurou, na terça-feira (15), que permanece disposto a negociar com a Ucrânia, mas necessita de tempo para responder às declarações “sérias” do presidente americano, Donald Trump, que deu à Rússia 50 dias para concluir o conflito e prometeu armas a Kiev. Na segunda-feira, Donald Trump concedeu à Rússia um ultimato de 50 dias para interromper sua intervenção na Ucrânia, iniciada em 2014, sob pena de avaliações severas. Ele também anunciou que equipamentos militares e pagamentos de membros da OTAN foram enviados à Ucrânia.

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“As declarações do presidente Trump são muito sérias. É claro que precisamos de tempo para analisar o que foi dito em Washington e, se ou quando o presidente Putin considerar necessário, ele se pronunciará”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos repórteres. “Parece que esta decisão tomada em Washington, nos países da OTAN e diretamente em Bruxelas, será recebida por Kiev não como um sinal de paz, mas como um sinal para continuar a guerra”, criticou.

Peskov declarou que a Rússia analisou as propostas do lado ucraniano para uma terceira rodada de negociações, após duas sessões infrutíferas em Istambul. “Seguimos desejosos”, afirmou ele durante sua coletiva de imprensa diária, com a presença da AFP. Desde seu retorno à Casa Branca, em janeiro, Donald Trump tenta pressionar Moscou e Kiev para alcançar um acordo de paz. Durante sua campanha eleitoral, ele afirmou que poderia encerrar o conflito “em 24 horas”, sem nunca explicar como faria isso.

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Desapontado

Na segunda-feira, Trump manifestou sua “decepção” com Putin. “Acreditei que teríamos um acordo há dois meses, mas parece que não se concretiza”, afirmou ele na Casa Branca, ao lado do secretário-geral da Otan, Mark Rutte. Sem um acordo em 50 dias, os Estados Unidos introduziriam “tarifas secundárias”, ou seja, contra os aliados de Moscou, ameaçou o presidente americano. O principal parceiro comercial da Rússia no ano passado foi a China, com quase 34%, seguido de perto pela Índia, Turquia e Bielorrússia, segundo o Serviço Federal de Alfândegas da Rússia.

A China reagiu a essas ameaças nesta terça-feira afirmando que “coerção ou pressão não resolvem problemas”, segundo declarações de Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim.

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Trump e Rutte divulgaram os termos de um acordo na segunda-feira, no qual a aliança militar da Otan adquiriria armas, incluindo baterias antimíssil Patriot, dos Estados Unidos e fornecidas à Ucrânia. “Bilhões de dólares em equipamentos militares serão comprados dos Estados Unidos, que serão destinados à Otan (…) e rapidamente distribuídos no campo de batalha”, declarou Trump. “Nós, os Estados Unidos, não faremos nenhum pagamento (…), nós os fabricaremos, e eles pagarão”, frisou o presidente.

Dezenas de milhares de pessoas morreram desde que a Rússia lançou sua ofensiva, e milhões foram deslocadas de suas casas no leste e no sul da Ucrânia, devastadas por bombardeios e combates. Putin rejeitou repetidamente os apelos por um cessar-fogo e exigiu que a Ucrânia se retirasse da Otan e ceda quatro regiões, além da Crimeia, anexada em 2014. A Ucrânia e seus aliados ocidentais rejeitaram essas condições, que consideram uma capitulação de facto.

Publicado por Luisa Cardoso com informações do Estadão Conteúdo.

Fonte por: Jovem Pan

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.