O Kremlin afirmou ter comparecido ao local combinado para a troca de prisioneiros, contudo, as autoridades ucranianas não se apresentaram no local.
A Rússia está preparada para iniciar a entrega dos corpos de soldados mortos na Ucrânia, com caminhões refrigerados estacionados próximos à fronteira, enquanto Kiev continua a analisar os detalhes, segundo o governo russo nesta terça-feira (10).
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As partes concordaram em retornar os restos mortais dos militares falecidos no conflito durante as negociações em Istambul, em 2 de junho, que também levou a um acordo para a troca de prisioneiros de guerra, processo iniciado na segunda-feira (9).
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou Moscou de “tentar realizar algum tipo de jogo político e informativo sujo” em relação às trocas.
A Rússia declarou estar preparada para entregar os restos mortais de mais de seis mil soldados ucranianos e receber os corpos de soldados russos caso Kiev os devolva.
O assessor do Kremlin, Vladimir Medinsky, declarou no sábado (7) que a Rússia compareceu ao local do acordo com os corpos de 1.212 soldados ucranianos falecidos, porém não encontrou representantes da Ucrânia para recebê-los.
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As autoridades ucranianas responsáveis pelas trocas não responderam a um pedido de comentário no sábado.
Em resposta à questão levantada na terça-feira (10), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que a Rússia permanece disponível para retornar os corpos e está em negociações com Kiev sobre o tema, porém não possui o número exato de soldados russos que a Ucrânia está disposta a entregar.
Não há um entendimento final. Contatos estão sendo feitos, números estão sendo comparados. Assim que houver um entendimento final, esperamos que essa troca ocorra, declarou Peskov.
Existe um dado evidente aqui: já estamos preparados na fronteira há vários dias com os trailers citados para realizar a transferência para o lado ucraniano. Este é um fato que todos observam e conhecem.
A mídia estatal russa divulgou fotos de longas caminhonetes brancas contendo os corpos, selados em sacos brancos individuais e localizadas próximo à fronteira.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.