Rui Falcão se dirigiu ao STF para apresentar denúncia contra Tarcísio devido a declarações feitas durante um evento na Paulista
O governador de São Paulo proferiu um discurso em 7 de Setembro, adotando um tom carregado e criticando o Supremo Tribunal Federal.

O deputado federal Rui Falequim (PT-SP) recorreu novamente ao Supremo Tribunal Federal contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A representação solicita que o ministro Alexandre de Moraes determine a instauração de uma apuração das declarações do governador durante o protesto favorável à anistia ocorrido no domingo, 7.
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O parlamentar ressaltou a passagem em que Tarcísio denomina Moraes de “ditador” e afirma que “ninguém suporta mais a tirania de um ministro como o Moraes”. Rui declarou que Tarcísio tentou deslegitimar o processo, propôs anistia irrestrita a Jair Bolsonaro (PL) e aos golpistas, e incentivou a desobediência às decisões judiciais.
Na sua representação, o deputado federal solicita:
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- A imediata entrega deste documento constitui manifestação ao Procurador-Geral da República, para análise e propositura de denúncia.
- A possível abertura de um inquérito no âmbito do Supremo Tribunal Federal, com o objetivo de apurar a responsabilidade penal.
- A adoção, quando necessário, de medidas cautelares visando garantir a ordem pública e a legalidade do processo.
- A Assembleia Legislativa de São Paulo comunicou ao governador sobre a possível prática de crime de responsabilidade, visando a instauração do processo político de impeachment.
- devem ser adotadas todas as providências necessárias para assegurar a autonomia do Supremo Tribunal Federal e a manutenção do Estado Democrático de Direito.
Tarcísio proferiu seu discurso em 7 de setembro, perante seguidores do ex-presidente na Avenida Paulista. Com tom exaltado, criticou o Supremo Tribunal Federal, alegando inexistência de provas contra Bolsonaro e impondo um prazo ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que apresentasse o projeto de anistia.
O governador também acusou a esquerda de tentar “reescrever a história” e comparou os atuais presos pelos atos golpistas aos militantes da ditadura beneficiados pela Lei da Anistia de 1979. “Aqueles que hoje gritam ‘sem anistia’ foram justamente os que foram beneficiados no passado. O PT existe hoje porque houve anistia”, disse.
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Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.