Rubio volta a denominar o governo da Venezuela de “organização criminosa”
O governo Trump elevou para 50 milhões de dólares (270 milhões de reais) a recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, classificou o governo venezuelano de Nicolás Maduro como “uma organização criminosa”.
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Ao assinar um acordo com o Paraguai, um jornalista indagou sobre informações da imprensa a respeito do envio de forças navais americanas ao Caribe para combater os cartéis de drogas.
Rubio não negou. “A droga é uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos”, respondeu. “São grupos que estão operando com impunidade em águas internacionais, simplesmente exportando para os Estados Unidos veneno, que está matando, que está destruindo comunidades.”
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O ministro venezuelano do Interior, Diosdado Cabello, negou a acusação e declarou em coletiva de imprensa que “o único cartel de drogas que opera em escala global é a DEA (agência antidrogas dos Estados Unidos). Também estamos mobilizados em todo o Caribe (…) que nos compete, em nosso mar, propriedade, território venezuelano.”
Veículos americanos relataram na semana passada que o presidente Donald Trump havia ordenado às Forças Armadas que combatessem os cartéis latino-americanos considerados por Estados Unidos como organizações terroristas globais.
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“Esses grupos serão confrontados”, afirmou Rubio, sem especificar como. Segundo ele, alguns “usam o espaço aéreo” para “transportar veneno para os Estados Unidos”. “É um assunto muito sério, temos muitos países que cooperam conosco nesse esforço, e alguns, infelizmente, que não.”
Dias após Washington ter elevado para 50 milhões de dólares (270 milhões de reais) a recompensa por informações que permitam deter Maduro, Rubio declarou que o governo do presidente venezuelano não é “legítimo”.
É uma organização criminosa que, efetivamente, assumiu o controle do território nacional de um país e que, inclusive, representa uma ameaça às empresas petrolíferas que operam legalmente na Guiana, declarou o secretário de Estado.
Na véspera, a secretária de Justiça e procuradora-geral Pam Bondi também voltou a atacar Maduro. “Existe uma ponte aérea em que o regime venezuelano paga para ter livre acesso ao espaço aéreo sem ser detectado, até Honduras, depois até a Guatemala e o México, onde podem traficar e transportar essas drogas”, disse ao canal Fox News.
Também trocam dinheiro por subornos. Trocam armas pelos portos de entrada e pelo espaço aéreo para levar essas drogas a todos esses outros países e aos Estados Unidos, acrescentou Pam.
O governo da Guatemala declarou não autorizar o uso de seu espaço aéreo por organizações criminosas. A chancelaria manifestou o repúdio às declarações da procuradora-geral Pam Bondi, afirmando que o país não reconhece a legitimidade do governo Maduro.
A chancelaria de Honduras negou, na ocasião X, a declaração de Pam.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.












