Secretário de Estado dos EUA questiona envolvimento da universidade em evento na China com autoridades sancionadas.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, pediu uma investigação sobre a Universidade de Harvard por possível violação de sanções federais dos EUA. O pedido foi noticiado pelo jornal New York Times nesta quarta-feira (11.jun.2025), com base em documentos examinados pelo veículo e em informações de pessoas próximas ao caso.
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A preocupação de Rubio está relacionada à participação da universidade em uma conferência sobre seguro de saúde realizada na China. Segundo o New York Times, o evento pode ter reunido autoridades chinesas listadas como sancionadas pelos Estados Unidos.
O intuito da possível investigação seria constatar se a instituição de ensino norte-americana descumpriu as restrições federais ao colaborar com indivíduos ou entidades proibidas pelo governo dos Estados Unidos. As penalidades impostas pelo país obrigam cidadãos e instituições americanas a não manterem certos tipos de relações com pessoas ou organizações listadas.
As autoridades chinesas que supostamente participaram do evento e que estariam na lista de sanções não foram identificadas pelo nome no relatório. O New York Times não especificou a cidade ou local exato onde a conferência foi realizada na China. Não há informações sobre se a investigação será formalmente iniciada, quais seriam as possíveis consequências para a universidade caso as violações sejam confirmadas, ou qual foi a resposta oficial de Harvard às alegações.
Em maio, Trump vetou o acesso da universidade a estudantes e pesquisadores internacionais. A decisão foi motivada pela alegação de comportamento “favorável ao terrorismo” da instituição. A ordem foi depois revogada por um judiciário.
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A restrição de estudantes internacionais no campus fez a universidade acionar um processo judicial contra o governo Trump. Em nota, o presidente da universidade, Alan Garber, afirmou que a decisão do governo é “ilegal e injustificada”.
A Universidade de Harvard já havia processado o governo dos Estados Unidos anteriormente. Em abril, a instituição entrou com uma ação judicial para evitar que Trump congelasse US$ 2,2 bilhões em financiamento federal, após rejeitar exigências da Casa Branca que, segundo ela, comprometem sua independência.
O presidente da universidade declarou em comunicado que “ninguém governo, seja qual for o partido no poder, deve determinar o que as instituições de ensino superior privadas podem ensinar, quem podem admitir e contratar, e quais áreas de estudo e pesquisa podem desenvolver”.
A gestão Trump solicitou, por meio de carta enviada em 11 de abril (integral, em inglês – PDF – 5 MB), amplas reformas na administração de Harvard, assim como mudanças em suas políticas de admissão. Dentre elas, a proibição à entrada de estudantes internacionais considerados “hostis aos valores e instituições norte-americanas”.
Segundo informações da universidade, em 2024-2025, 27,2% dos estudantes de Harvard são estrangeiros, representando um total de 6.793 alunos.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.