Roberto Azevêdo: O setor empresarial acredita que não existe via diplomática para a tarifação
Ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio aponta que segmentos impactados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos expressam preocupação co…
O setor empresarial brasileiro exibe crescente preocupação com o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos e a falta de soluções diplomáticas para a questão. Essa avaliação foi compartilhada pelo ex-diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, durante o WW. Segundo ele, que mantém contato frequente com diversos setores impactados pela medida, a situação representa um grande alerta.
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De acordo com Azevêdo, duas questões são de grande preocupação para o empresariado. A primeira é a crença equivocada de que a tarifação “não foi tão ruim assim” em virtude das exceções concedidas. “É como ter uma arma apontada para a cabeça e, em vez de ser executado, perder apenas um braço. Não há motivo para satisfação”, exemplificou.
As áreas impactadas envolvem milhares de empregos e famílias que experimentarão as consequências diretas das tarifas aplicadas. A situação é intensificada pela falta de canais de negociação eficazes entre os dois países.
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Azevêdo ressaltou que as isenções concedidas pelos Estados Unidos em aproximadamente 600 linhas tarifárias não decorreram de concessões brasileiras ou negociações bilaterais. Pelo contrário, foram decisões fundamentadas nos próprios interesses americanos, após empresas comprovarem que as sanções seriam danosas à economia dos EUA.
A ausência de um processo diplomático convencional tem motivado o setor privado a procurar parcerias e vias alternativas nos Estados Unidos. Contudo, Azevêxe enfatiza que todas as rotas existentes direcionam-se à Casa Branca, onde não há aparente vontade de diálogo ou negociação que possa amenizar a situação.
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Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.












