Pastor Admite Abuso Sexual em Caso de Decada
O pastor Robert Morris, de 64 anos, fundador da Gateway Church, uma das maiores megaigrejas evangélicas dos Estados Unidos, confessou em audiência judicial ter praticado abuso sexual contra uma menina de 12 anos na década de 1980. A confissão foi feita perante a juíza Cindy Pickerill, marcando o encerramento de um longo período de espera por justiça.
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De acordo com informações da NBC News, Robert Morris foi condenado a 10 anos de prisão, porém cumprirá apenas seis meses na prisão do condado, como parte de um acordo judicial. Adicionalmente, ele deverá se registrar formalmente como agressor sexual e pagar uma indenização de US$ 250 mil (aproximadamente R$ 1,3 milhão).
A vítima, Cindy Clemishire, atualmente com 55 anos, compareceu ao tribunal acompanhada de sua família. Em um momento de grande emoção, ela ouviu Morris assumir a responsabilidade pelo abuso sofrido quando tinha apenas 12 anos.
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“Foram anos de dor e espera por este momento”, declarou Cindy, conforme relatado pela reportagem.
O caso veio à tona em junho de 2024, após a decisão da vítima de expor publicamente o crime. Poucos dias depois, a Gateway Church anunciou a saída de Morris de suas funções. Na época, o pastor alegou ter cometido apenas uma “falha moral” com uma “jovem”, sem fornecer detalhes sobre a natureza do ocorrido.
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Antes do escândalo, Robert Morris era considerado um dos líderes religiosos mais influentes nos Estados Unidos, com notável presença política e midiática.
O caso de Robert Morris tem gerado grande repercussão nos EUA devido à posição de destaque de Morris no meio evangélico norte-americano. A Gateway Church, fundada em 2000, atrai um grande número de fiéis semanalmente e exerce influência em círculos religiosos e políticos.
A admissão de culpa expõe não apenas a queda de um líder religioso, mas também a discussão sobre como crimes sexuais cometidos por figuras públicas podem permanecer ocultos por décadas. Especialistas acreditam que o caso pode encorajar outras vítimas a denunciarem abusos dentro de instituições religiosas.
