Rioprevidência Assegura Pagamento de Aposentadorias Mesmo Após Crise no Banco Master

Rioprevidência Garante Pagamento de Aposentadorias

Na terça-feira (18), o Fundo Único de Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro, conhecido como Rioprevidência, divulgou uma nota assegurando que o pagamento de aposentadorias está garantido. Isso ocorre mesmo após a realização de um aporte significativo em títulos do Banco Master.

O Rioprevidência enfatizou que não há risco para os segurados do estado. O valor investido na instituição é inferior à folha mensal de R$ 1,9 bilhão, que é majoritariamente financiada por royalties e participações especiais. Aproximadamente R$ 960 milhões foram aplicados em letras emitidas entre outubro de 2023 e agosto de 2024, com vencimentos programados para 2033 e 2034.

Negociações e Esclarecimentos

O fundo está buscando reverter suas aplicações em Letras Financeiras do Banco Master por meio de precatórios federais. Em nota, a autarquia informou que está em negociação para essa substituição.

O Rioprevidência também contestou a informação de que os investimentos no Banco Master ultrapassam R$ 2,6 bilhões, atribuindo o erro a um cálculo do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro), que já foi esclarecido pela autarquia.

O Banco Master S.A. possuía autorização do Banco Central do Brasil e estava credenciado junto ao Ministério da Previdência Social no momento das aplicações.

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Crise no Banco Master e Denúncias

Na mesma terça-feira, o Banco Central anunciou a intervenção no Banco Master de Investimento S/A e outras instituições do Conglomerado Master devido a uma grave crise de liquidez e violações das normas do Sistema Financeiro Nacional.

O deputado estadual Flávio Serafini (PSOL-RJ), presidente da Comissão dos Servidores Públicos da Alerj, protocolou uma denúncia ao MPF (Ministério Público Federal) para investigar possíveis irregularidades nas operações financeiras do Rioprevidência relacionadas ao Banco Master.

Ele acredita que houve uma orientação política que pode ter causado prejuízos significativos aos servidores do estado.

Na petição ao MPF, Serafini argumenta que os fatos indicam condutas que podem ser enquadradas em diversos crimes, como corrupção passiva e lavagem de dinheiro, cuja investigação deve ser feita pela esfera federal.