Pedido de Apoio Logístico do Governo Federal para Operações de Segurança Pública
Em 28 de janeiro de 2025, o Estado do Rio de Janeiro formalizou um pedido ao governo federal (PT) para apoio em operações de segurança pública, especialmente em áreas de risco. O ofício, assinado pelo governador (PL), direciona-se ao ministro da Defesa, José Múcio, solicitando cooperação e apoio logístico da Marinha, incluindo o fornecimento de veículos blindados.
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Adicionalmente, um e-mail do mesmo dia, assinado pelo secretário de Estado da Polícia Civil, Felipe Curi, também formaliza o pedido pelos veículos blindados. O texto indica que as forças de segurança do Estado estariam prontas para iniciar as atividades, definindo o dia, local e horário da operação.
Curi mencionou que os veículos poderiam ficar baseados na Cidpol (Cidade da Polícia). A solicitação visa patrulhar a região do Hospital Naval Marcílio Dias, na zona norte do Rio, onde uma médica capitã de Mar e Guerra foi atingida por uma bala perdida em dezembro.
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Em entrevista a jornalistas na 3ª feira (28.out), o governador declarou que o Estado não recebe “ajuda das forças de segurança [federais], nem [Ministério da] Defesa”. Ele afirmou que o Rio de Janeiro está “sozinho” nessa questão.
O governador detalhou que os pedidos pelos blindados foram repetidamente negados, com a justificativa de que é necessário o acionamento da GLO [Garantia da Lei e da Ordem], devido à necessidade de um servidor federal para operar os veículos. Ele ressaltou que o presidente é contra a GLO.
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O Ministério da Justiça e Segurança Pública, liderado por Ricardo Lewandowski, em comunicado, afirmou que “tem atendido, prontamente, a todos os pedidos do governo do Estado do Rio de Janeiro para o emprego da Força Nacional no Estado, em apoio aos órgãos de segurança pública federal e estadual”.
O ministério informou que todas as 11 solicitações de renovação da FNSP (Força Nacional de Segurança Pública) foram acatadas desde 2023.
Lula é contra a decretação de GLO. O instrumento autoriza que as Forças Armadas atuem em operações de segurança pública, sendo prerrogativa do presidente decidir. O petista já autorizou esse tipo de ação em ocasiões anteriores: nos portos do Rio e na cidade de Itaguaí, e durante a Cúpula do G20, realizada também na capital fluminense em novembro de 2024.
Após a operação, o número de mortes alcançou 56. Moradores levaram os corpos para a praça São Lucas, no Complexo da Penha. O secretário de Polícia Militar do Estado do RJ, Marcelo de Menezes Nogueira, afirmou à TV Globo que esses corpos não constam no balanço oficial de 64 mortos.
