Rio de Janeiro: Pesquisa Aponta Apoio Surpreendente à Classificação de Facções como Terroristas

Pesquisa aponta apoio significativo no Rio à classificação de facções como terroristas. Levantamento da Genial/Quaest revela 72% a favor, após 121 mortes

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Pesquisa Revela Apoio Surpreendente à Classificação de Facções como Terroristas no Rio

Uma pesquisa recente, divulgada na segunda-feira, 3 de novembro de 2025, pela Genial/Quaest, aponta para um apoio significativo entre os moradores do Rio de Janeiro à classificação de facções criminosas como organizações terroristas. O levantamento, realizado após um evento que resultou em 121 mortes, coletou dados através de 1.500 entrevistas com indivíduos de 16 anos ou mais, conduzidas entre 30 e 31 de outubro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais, tanto para cima quanto para baixo, com um nível de confiança de 95%. O documento completo da pesquisa está disponível em formato PDF (10 MB). A pesquisa demonstra uma clara divisão de opiniões, com 72% dos entrevistados declarando-se favoráveis e 23% contrários à medida de enquadrar grupos criminosos como terroristas, enquanto 5% não souberam ou não responderam.

Adicionalmente, a pesquisa revela um forte apoio à aplicação de penas mais severas para crimes cometidos por meio de organizações criminosas, com 85% dos entrevistados concordando. Além disso, 24% dos participantes manifestaram apoio à facilitação do acesso a armas de fogo para indivíduos condenados por crimes relacionados a organizações criminosas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A análise dos dados revela uma correlação interessante: indivíduos que se identificam como não bolsonaristas são os mais propensos a apoiar a classificação de facções como terroristas, com 95% expressando concordância. Seguidos por bolsonaristas (91%), independentes (74%), lulistas (49%) e esquerda não lulista (36%).

Os resultados da pesquisa também indicam percepções sobre a influência das facções criminosas na política local. Uma parcela significativa dos entrevistados, 82%, acredita que líderes de facções desempenham um papel na eleição de deputados, o que dificulta sua prisão. Outra constatação é que 80% dos entrevistados atribuem o poder das facções aos bairros ricos, em vez das favelas.

LEIA TAMBÉM!

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.

Sair da versão mobile