Revisão do Benefício de Prestação Continuada é debatida desde o governo Temer

Thais Herédia ressalta a importância de analisar o Benefício de Prestação Continuada, considerando o crescimento significativo das despesas nos últimos três anos.

17/06/2025 18:25

2 min de leitura

Revisão do Benefício de Prestação Continuada é debatida desde o governo Temer
(Imagem de reprodução da internet).

O aumento rápido do Benefício de Prestação Continuada (BPC) tem suscitado preocupações entre especialistas e autoridades. A economista Thais Herédia, em sua participação na CNN Money, ressaltou a necessidade premente de revisão deste programa social.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Conforme Herédia, a discussão acerca das alterações no BPC não é recente, tendo suas origens no governo Temer durante os debates sobre a reforma da previdência.

A assistência, inicialmente destinada a brasileiros informais sem capacidade contributiva previdenciária regular, tem se revelado descompassada com as transformações na composição social e no mercado de trabalho do país.

Leia também:

Gastos elevados.

A especialista destacou o acréscimo notável nos gastos com o BPC nos últimos três anos, avaliando-o como indicativo de falhas na administração e no planejamento da política pública.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Não é natural que a despesa de um benefício social apresente uma curva ascendente em um período de três anos. Isso indica que há algum problema, declarou Herédia.

A analista ressaltou que a administração do BPC não é responsabilidade exclusiva do Poder Executivo, mas também envolve o Legislativo e o Judiciário. Ela criticou a ausência de coordenação entre os poderes no tratamento dessa questão.

Reforma necessária

Herédia argumentou que, quanto mais grave a situação, maiores deveriam ser as transformações. Ela propôs que uma estratégia análoga àquela que deu origem ao Bolsa Família, que integrou vários programas sociais, poderia ser uma solução para o BPC.

A especialista ressaltou que o êxito de uma política pública não reside em sua amplitude, mas sim em sua eficiência.

É evidente que o BPC perdeu sua eficiência. Não é natural, não existe em nenhum lugar do mundo essa disfunção de em três anos a despesa mais do que dobrar, concluiu Herédia, reforçando a urgência de uma revisão criteriosa do benefício.

Pesquisa indica que cada real investido na saúde pública gera R$ 1,61 de retorno no Produto Interno Bruto.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.