Republicanos implementam ajustes sutis com foco em disputas eleitorais
Figuras ambiciosas percorrem os EUA buscando se apresentar como herdeiros naturais de Trump.

Ainda é cedo, mas não é. Da mesma forma que os democratas já traçam estratégias para vencer a próxima eleição presidencial dos EUA, os republicanos também estão se preparando.
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Enquanto os democratas buscam se destacar na oposição ao presidente americano, os republicanos deverão lidar com um partido que Trump remodelou seguindo seus próprios instintos políticos.
Zachary B. Wolf e Eric Bradner, da CNN, analisam o cenário do Partido Republicano em relação às eleições de 2028.
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Bradner: Não existe via constitucional para que ele busque um terceiro mandato. Contudo, isso não implica que os republicanos ambiciosos que o desejam possam fazê-lo. Eles não podem ser percebidos como opositores. Buscam se destacar por mérito próprio, sem deixar transparecer que Trump é inelegível para um terceiro mandato, mesmo que a Constituição deixe isso evidente.
Como os pretendentes evitam ofender Trump?Wolf: Ele aprecia fazer piadas sobre concorrentes, mas já declarou que não tentará algo indevido, como os possíveis candidatos republicanos devem organizar suas campanhas sem perder o apoio dele?
Bradner: É preciso cuidado. Enquanto Trump permanecer tão popular com a base republicana, os candidatos terão de demonstrar apoio à sua agenda. Isso pode variar conforme o cargo, se a pessoa é vice-presidente, senador ou governador.
Republicanos ambiciosos estão viajando para os estados com primárias iniciais e utilizando discursos para reforçar o apoio à agenda de Trump, buscando se apresentar como sucessores naturais.
A situação se torna ainda mais complexa com o vice-presidente JD Vance demonstrando clara herança política. Os demais buscam mostrar alinhamento ideológico com Trump e ações concretas em apoio a ele, ao mesmo tempo em que apresentam suas próprias conquistas e estilo.
JD Vance é o claro sucessor de Trump. Os republicanos consideram a indicação como garantida para ele?
Bradner: Ele realmente começa em posição vantajosa. No entanto, surpreendeu-o a frequência com que o nome do Secretário de Estado Marco Rubio foi mencionado em Iowa, ao lado de Vance. Ambos, apesar de críticas públicas anteriores a Trump, atualmente são considerados integrantes leais do governo.
Rubio possui a vantagem de já ter concorrido à presidência, e muitos eleitores o conhecem. Vance é querido, porém ainda não é familiar para os eleitores dos estados iniciais. Ele tem a vantagem de ser o “legado” de Trump, mas não é uma garantia.
Onde a ideologia republicana se dirige após Trump: Wolf: O partido se configurou em torno do populismo de Trump. Um senador como Josh Hawley, mais populista, pode ter vantagem sobre um mais tradicional como Youngkin?
Bradner: Essa abertura pode existir, ainda que Vance esteja à frente. Ele já demonstrava instintos populistas antes mesmo de se tornar vice-presidente. Ser flexível em entrevistas e mensagens será ainda mais importante nesse cenário dominado por Trump.
Como estruturar o grupo de possíveis candidatos: senadores, governadores, membros do governo?
Bradner: Este é um bom ponto de partida. Dentro do governo, Vance e Rubio são os mais conhecidos. Outros como Kristi Noem (Segurança Interna) e Doug Burgum (Interior), aliados de Trump e ex-governadores, têm ambições, mas menos visibilidade.
Os governadores podem ser o grupo mais relevante, possuindo agendas próprias e maior autonomia fora de Washington. Youngkin, por exemplo, está prestes a deixar o cargo e estará livre para se dedicar à campanha.
Outros nomes: Sanders (alinhada a Trump desde sua época como secretária de imprensa) e Brian Kemp (Geórgia), que, apesar de conflitos com Trump em 2020, tem demonstrado reconciliação e um histórico conservador próprio.
Tim Scott (Carolina do Sul), que disputou a eleição de 2024, partiu com relações menos intensas com Trump, embora ele tenha dificuldades em se promover – algo que o próprio Trump ressaltou. Outros nomes sob observação incluem Rand Paul, Rick Scott, Josh Hawley e Tom Cotton. Contudo, será difícil se destacar em um cenário concorrido e com prioridades distintas daquelas de Washington, diferentes da autonomia dos governadores.
E os governadores do Texas e da Flórida, Greg Abbott e Ron DeSantis?
Bradner: Ambos seguem as políticas mais populares de Trump: imigração, segurança de fronteira, deportações. DeSantis, por exemplo, criou a “Alcatraz dos Jacarés” para demonstrar lealdade. Ele superou tensões com Trump a partir de 2024 e pode lançar nova campanha sem os erros do passado.
Alguém da nova coalizão de Trump? Wolf: Robert F. Kennedy Jr. concorreu como democrata e depois como independente. Poderia tentar como republicano?
Kennedy, caso concorra em 2028, representará um teste sobre a longevidade da aliança de Trump após sua candidatura. O movimento de saúde e liberdade MAHA – que se uniu ao MAGA – pode ampliar o espaço para figuras como Kennedy e Tulsi Gabbard. Questões como o aborto podem perder relevância se essas figuras mantiverem o apoio.
Como deixar o governo Trump sem confrontá-lo? Wolf: Vance permaneceria no governo. Rubio teria que sair. Qual o momento ideal para se desvincular sem irritar o presidente americano?
Bradner: Tradicionalmente, logo após as eleições de meio de mandato. Mas depende de Trump: se ele insistir em tentar um terceiro mandato, isso pode adiar o início das primárias. Vai depender também do que Vance fizer. A movimentação deve começar no final de 2026 ou início de 2027.
Há espaço para um crítico de Trump?Wolf: Existe espaço para alguém como Nikki Haley ou outro crítico do presidente americano?
Bradner: Só o tempo dirá. Atualmente, ninguém de destaque critica Trump abertamente. Contudo, se os republicanos forem derrotados nas eleições de meio de mandato, ou se a economia enfrentar dificuldades com tarifas, ou se crises como o caso Epstein ganhassem relevância, isso poderia alterar o cenário. Mesmo sem críticas públicas, os candidatos podem tentar evidenciar diferenças e se apresentar como alternativas independentes.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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