Relatório sobre eleição teve abordagem “meio-termo” entre Defesa e Bolsonaro, afirma Cid

Ex-chefe de gabinete de Bolsonaro e denunciante comparece à Suprema Corte para depor.

09/06/2025 18:05

1 min de leitura

Relatório sobre eleição teve abordagem “meio-termo” entre Defesa e Bolsonaro, afirma Cid
(Imagem de reprodução da internet).

O tenente-coronel Mauro Cid declarou que o relatório produzido pelo Ministério da Defesa acerca da lisura das eleições de 2022 representou um ponto intermediário entre as conclusões da pasta e o que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) almejava.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Cid compareceu à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), na segunda-feira (9), no processo penal que versa sobre uma tentativa de golpe em que estaria envolvido.

O relatório examinado pelo tenente-coronel foi elaborado pelas Forças Armadas após a finalização da eleição. O documento não identificava fraudes no pleito, porém, indicava que o sistema eleitoral não estaria livre a um “código malicioso”.

Leia também:

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro afirmou que o Ministério da Defesa, liderado por Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira — também réu no processo — elaborou um relatório com uma conclusão mais técnica.

Entretanto, o presidente (Bolsonaro) considerava que a conclusão deveria ser mais severa, indicando que poderia ter havido fraude.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“E, no final, obteve-se um compromisso: não se assemelhava ao que o general Paulo Sérgio havia esboçado, nem ao que o presidente realmente desejava”, completou o tenente-coronel.

Depoimentos de Cid

Desde que firmou o acordo de delação premiada, em 2023, o militar Mauro Cid, que fundamentou parte das provas que constam na investigação da Polícia Federal (PF) e na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), já alterou pelo menos cinco vezes a versão sobre o plano de golpe.

O Supremo Tribunal Federal iniciou, nesta segunda-feira, os depoimentos dos acusados do denominado “núcleo central” do processo penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino agendaram os interrogatórios para os cinco dias da semana corrente.

Serão ouvidos oito réus.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.