Relatório final da PF apresenta mensagens confusas, alega acusado

O ex-secretário de segurança pública, Fernando de Sousa Oliveira, declarou ao STF que as mensagens foram retiradas de contexto.

24/07/2025 13:43

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Relatório final da PF apresenta mensagens confusas, alega acusado
(Imagem de reprodução da internet).

O delegado da PF e ex-secretário-executivo da SSP-DF, Fernando de Sousa Oliveira, afirmou ao STF que as mensagens atribuídas a ele no relatório final da PF sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022 estão “embaralhadas”. A declaração ocorreu nesta 5ª feira (24.jul) durante o interrogatório dos réus do núcleo 2.

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Oliveira é acusado de ter atuado com a delegada e ex-subsecretária de Inteligência da SSP, María Ferreira de Alencar, na organização de blitz durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Ele também é acusado de “omissão”, como os demais integrantes da SSP denunciados: María e o ex-ministro Anderson Torres, que estava no comando do órgão durante o 8 de Janeiro.

As informações apresentadas no relatório são contraditórias. Isso é incomum, segundo a experiência do investigador, que se estendeu por 20 anos. O delegado da PF, Fábio Shor, responsável pela elaboração do inquérito, testemunhou na terça-feira (22.jul) como testemunha de defesa do policial federal Wladimir Matos Soares, um dos réus do núcleo 3.

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Oliveira assegurou a responsabilidade pelas mensagens ao juiz auxiliar Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, que trabalha no gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Contudo, declarou que as mensagens foram apresentadas fora de contexto.

Realizaram a organização das mensagens e houve uma possível eliminação de palavras, o que poderia alterar o sentido da frase. O analista que elaborou o relatório afirmou que buscou deixar evidente uma reorganização e uma edição.

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Sousa Oliveira foi convidado a assumir o cargo na secretaria da proteção à integridade do governo de Anderson Torres durante o governo Bolsonaro (PL).

O ex-secretário também afirmou ter rejeitado diversas solicitações feitas por Torres no segundo turno das eleições.

O ministro solicitou uma operação conjunta entre a PF e a PRF. Existia até o chamado “clima eleitoral zero”. Foi o meu primeiro posicionamento em oposição a um pedido do ministro. Ele estava insatisfeito com a atuação da polícia federal.

Oliveira afirmou que todos os sinais de inteligência sobre crimes eleitorais, também identificados por Marília de Alencar, se concentravam em áreas urbanas. Ele declarou que não existia viabilidade técnica para a utilização de efetivos da PRF no segundo turno das eleições e que ter indeferido o pedido do ministro.

Devo muitas explicações referentes ao meu cargo e a essas conversas. No entanto, quando se trata de alinhamento com o ministro, [isso ocorreu] em momento algum.

Núcleo 2 do “Golpe”

Os indivíduos envolvidos no núcleo 2 são acusados de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e participação em organização criminosa armada.

A acusação da PGR define esse grupo como responsável pela administração do plano “golpista”. O núcleo seria responsável por “coordenar as ações de monitoramento e neutralização de autoridades públicas”.

Integramo o núcleo.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.