Relator da CPMI recusa convite para visitar Bolsonaro por imparcialidade
O deputado Alfredo Gaspar (União-AL) declarou ter recebido um convite do ex-presidente antes de ser designado para a relatoria da CPMI do INSS.

O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), anunciou nesta terça-feira (26) que recusou um convite para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão, segundo ele, busca a “imparcialidade dos trabalhos” no colegiado.
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O parlamentar afirmou que o convite foi feito através do advogado do ex-chefe do Executivo, uma semana antes de sua nomeação como relator da comissão. Ele declarou ter aceitado inicialmente o convite. Na CPMI, o deputado foi indicado para o cargo de relator na terça-feira (19).
Declinei do convite, com grande honra, e fui selecionado para integrar a CPMI e posteriormente atuar como relator, afirmando que me senti honrado com a proposta.
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Bolsonaro encontra-se sob regime de prisão domiciliar desde 4 de agosto, decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O magistrado considerou o descumprimento “reiterado” das medidas cautelares pelo ex-presidente. Além disso, foi determinada a apreensão do celular de Bolsonaro.
Gaspar declarou possuir poucos contatos com Bolsonaro, embora mantenha consideração por ele. Ele também admitiu ter sido indicado pela oposição para integrar a CPMI.
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Reconheço que estou aqui devido ao lançamento de um candidato alternativo pela oposição, que de forma legítima foi eleito e me escolheu. No entanto, meu compromisso com um trabalho sério, técnico e com a justiça é muito maior do que qualquer preferência.
Na semana passada, a oposição elegeu o senador Carlos Viana (Podemos-MG) para a presidência, desafiando o acordo que previa a indicação de Omar Aziz (PSD-AM). Viana optou por nomear Gaspar como relator. Anteriormente, o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) fora o indicado para a função.
Gaspar afirmou não conhecer Lula e ter pouca familiaridade com Bolsonaro. Ele declarou não desejar prejuízos ao governo, mas, em seu relatório, não haverá beneficiados nem alvos de perseguição. “Eu estarei aqui para cumprir o protocolo da investigação”, disse.
Na terça-feira, a CPMI analisa o plano de trabalho sugerido por Gaspar. A intenção do presidente da comissão é investigar “todos os governos”. Carlos Viana declarou ainda que proporcionará previsibilidade aos trabalhos do colegiado.
“Desejo garantir que os trabalhos desta Comissão estarão muito além de qualquer conflito político ou ideológico, nosso compromisso é com a verdade para o povo brasileiro, nosso esforço é com a transparência acima de tudo.”
Com o apoio da oposição, a CPMI foi criada para investigar o esquema bilionário de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões. O caso veio à tona em abril após operação da PF (Polícia Federal) e da CGU (Controladoria-Geral da União).
As organizações responsáveis pelos descontos ilegais teriam auferido um valor estimado de R$ 6,3 bilhões, no período compreendido entre 2019 e 2024.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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