Os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos intensificaram os ataques mútuos e a guerra de palavras, em um cenário político já muito delicado.

Donald Trump empregou informações incorretas para atacar o Brasil em relação às suas políticas comerciais e reiterou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sofrendo um perseguição equivalente a uma execução política.

O presidente Lula (PT) defendeu o regime ditatorial cubano em face das ações e sanções impostas pelos Estados Unidos, afirmando que, caso Trump queira confronto, este será inevitável.

Trump identificou no Brasil, em especial no governo Lula, um alvo prático, que envolve aspectos geopolíticos e ideológicos. Lula, por outro lado, considera Trump um adversário conveniente, com atitudes autoritárias e exigências políticas igualmente agressivas.

As questões habituais das relações entre os dois maiores países do continente americano, que nunca haviam experimentado um abalo dessa magnitude, ficaram suspensas, pelo menos temporariamente.

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É evidente que, sob a ótica geopolítica, não faz sentido o que os Estados Unidos estão fazendo com o Brasil. Adiante, também não fizeram muito sentido algumas ações de Trump contra diversos de seus antigos aliados, tratados por ele de maneira pior do que seus inimigos declarados.

Sob essa ótica geopolítica, tampouco se justifica para o Brasil tomar partido no conflito global entre Estados Unidos e China, cenário em que Lula busca vantagens políticas e econômicas.

Não é possível prever até que ponto esse conflito poderá avançar. Ambos os lados dessa situação parecem desfrutar do ruído de suas próprias palavras e se consideram detentores de qualquer disputa.

Fonte por: CNN Brasil