O Reino Unido recusou as críticas israelenses na quarta-feira (30) de que estava incentivando o Hamas ao propor planos para reconhecer um Estado palestino, condicionando tal reconhecimento à melhoria da situação em Gaza e ao estabelecimento da paz.
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O ultimato do primeiro-ministro Keir Starmer, que fixou setembro como prazo, gerou a repreensão imediata do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, que declarou que o acordo beneficiava o Hamas e punia as vítimas do ataque de 2023, que deu origem à guerra.
Donald Trump, presidente dos EUA, também declarou que não considera adequado que o grupo “deva ser recompensado” com o reconhecimento da independência palestina.
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A ministra britânica dos Transportes, Heidi Alexander, afirmou: “Isso não é uma recompensa para o Hamas.”
Alexander afirmou que o Hamas é uma organização terrorista detestável que cometeu atrocidades terríveis, afetando o povo palestino, incluindo crianças em Gaza que estão morrendo de fome.
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“É necessário intensificar a pressão sobre o governo israelense para que cesse as restrições e volte a fornecer assistência a Gaza”, declarou.
A decisão de Starmer ocorre após o anúncio do presidente francês Emmanuel Macron, que anunciou na semana passada que Paris reconheceria o Estado palestino em setembro, tornando-se a primeira grande potência ocidental a fazê-lo, em razão das terríveis condições humanitárias no território.
O Reino Unido e a França, juntamente com outros países da Europa Ocidental, haviam se comprometido com a independência palestina, considerando-a um objetivo a ser alcançado após o encerramento das negociações com Israel.
O primeiro-ministro britânico declarou, em pronunciamento transmitido pela televisão na terça-feira (29), que se tornou necessário agir devido ao risco de que a solução de dois Estados estivesse comprometida.
Starmer afirmou que o Reino Unido assumiria a liderança na Assembleia Geral da ONU em setembro, a menos que Israel adotasse medidas significativas para possibilitar o acesso de mais ajuda a Gaza, esclarecesse que não anexaria a Cisjordânia e se compromettesse com um processo de paz de longo prazo que conduziria a uma solução de dois Estados.
O reconhecimento do estado palestino pelo Reino Unido pode indicar uma progressão nas relações diplomáticas, de acordo com um representante do governo britânico.
Fonte por: CNN Brasil