Regulamentação brasileira impulsiona adoção de cripto e promove transparência

Normas essenciais fomentam transparência e ética, atuando como catalisador para a expansão da tecnologia.

27/09/2025 10:04

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

O Crescimento das Criptomoedas no Brasil e os Desafios da Regulamentação

Segundo a 1ª Pesquisa Nacional das Criptomoedas, conduzida pelo Datafolha e pela Paradigma Education, o número de investidores em criptoativos no Brasil triplicou em relação ao tradicional mercado da Bolsa de Valores. Esse crescimento exponencial demonstra o interesse da população, mas também abre espaço para vulnerabilidades e práticas ilícitas, como esquemas de pirâmide e lavagem de dinheiro.

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A Busca por Normativas e a Stablecoin

Para garantir que os criptoativos sejam acessíveis, seguros e confiáveis, o Brasil está implementando novas regulamentações, com previsão para o segundo semestre. Essa medida visa construir um ambiente mais transparente e ético, impulsionando a adoção da tecnologia. O futuro da economia digital passa pelas stablecoins, moedas digitais atreladas ao dólar, que estão transformando pagamentos, investimentos e o sistema financeiro global.

O Desafio da Regulamentação e a Travel Rule

A ausência de regras claras facilita a atuação de agentes mal-intencionados. A regulamentação surge como uma aliada para dar mais legitimidade e segurança jurídica ao mercado. A chamada Travel Rule, uma recomendação internacional do GAFI (Grupo de Ação Financeira Internacional), obriga instituições financeiras e exchanges a compartilharem dados sobre transações com criptoativos. Três em cada cinco empresas do setor esperam regulamentações ainda mais rígidas em 2025, e a Travel Rule lidera a lista de preocupações.

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Compliance e a Importância da Confiança

A primeira etapa do compliance no setor é o onboarding do usuário, que exige a verificação de identidade (KYC, ou “Know Your Customer”). Embora muitos usuários enxergem o KYC como uma ameaça à privacidade, trata-se de uma exigência já consolidada em outros setores financeiros regulados. A regulamentação, quando construída com equilíbrio e escuta ativa, deve ser vista como uma ponte: quanto mais transparente e confiável o ambiente, mais pessoas se sentirão seguras para aderir às plataformas cripto.

Regulamentação e o Cenário Global

Regiões como Ilhas Caimã, Bermudas e Panamá aparecem como referências positivas na América Latina, com regulações bem definidas, infraestrutura robusta e foco na inovação. No entanto, muitos países ainda enfrentam o principal entrave para a implementação efetiva: a falta de orientação clara dos órgãos reguladores. Sem diretrizes precisas, as empresas ficam expostas a riscos de não conformidade, sujeitas a sanções e multas, e a incerteza inibe o avanço do setor. O Brasil já deu passos importantes, como a aprovação do marco legal dos criptoativos e o protagonismo do Banco Central como órgão regulador.

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Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.