Reformas Tributárias: análise das mudanças e estratégias de adequação

A regulamentação do sistema tributário será implementada entre 2026 e 2033, com a entrada em vigor completa do Imposto sobre Valor Agregado dual no Brasil.

01/06/2025 4h15

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(Imagem de reprodução da internet).

A implementação da reforma tributária começará a partir de 2026, mas, além das mudanças no pagamento de impostos sobre o consumo, as alterações previstas no sistema tributário brasileiro já devem fazer as empresas de todos os setores se prepararem.

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A reforma tributária estará regulamentada e em pleno funcionamento a partir de 2033, momento em que cessará o período de transição para a unificação de cinco tributos – ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins – do IVA dual: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

Ainda, dúvidas podem surgir quanto à adaptação das empresas para o novo modelo, e a CNN destacou alguns pontos que podem ser úteis para os negócios durante esse período.

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Izaias Miguel, co-CEO da V360, plataforma de automação de pagamentos a fornecedores, explica que as empresas deverão emitir e receber notas fiscais que já contemplem os novos tributos, mesmo que estes não sejam pagos em um primeiro momento.

A implementação dessa demanda representa um desafio técnico significativo, visto que os modelos dos documentos fiscais serão modificados para incorporar aproximadamente 200 novos campos, exigindo integração com sistemas ERP como SAP, Oracle e TOTVS.

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Se a empresa não cumprir, o especialista indica que a companhia poderá não conseguir emitir ou receber notas fiscais, o que interrompe o faturamento e os pagamentos, comprometendo a operação.

A adaptação abrangirá diversas áreas, incluindo tecnologia, fiscal e contas a pagar, e demandará planejamento para que, ao final do ano, as operações de faturamento e pagamento possam continuar operando com segurança e conformidade.

A V360 indica que o primeiro passo é estruturar um plano de transição com comitês internos multidisciplinares que envolvam tecnologia, contas a pagar, faturamento, fiscal e recursos humanos.

As organizações devem monitorar rigorosamente o calendário de lançamentos dos fornecedores dos sistemas de gestão, além de identificar os efeitos nos processos existentes, avaliar os novos formatos após sua disponibilização e planejar a estrutura de suporte necessária para que todo o ambiente corporativo opere de maneira coordenada.

Gilberto Reis, diretor de operações na Runtalent, empresa de Digital Solutions que oferece soluções tecnológicas integradas, argumentou que o investimento em tecnologia da informação (TI) é essencial para se adequar ao processo de regulamentação.

A busca por eficiência operacional ganha ainda mais importância nesse novo cenário, e nesse contexto a terceirização de profissionais de TI se mostra mais relevante. Com a reestruturação tributária, trata-se de um caminho para reduzir custos, impulsionar a inovação e aumentar a agilidade das empresas diante das novas exigências do mercado.

Para Izaias Miguel, é preciso iniciar a reflexão e o teste das mudanças neste momento, a fim de evitar falhas operacionais e congestionamentos logísticos na regulamentação da reforma.

O tempo é limitado e a consequência é significativa. As organizações precisam atuar com planejamento para evitar bloqueios e perdas. O novo sistema tributário exigirá muito mais do que apenas alterar códigos, ele muda processos completos, afirmou Izaias.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.