Redução da Exploração Infantil: Desafios Persistem na Informalidade e Desigualdade
Observa-se redução nos tipos mais graves de exploração, contudo, a informalidade, a desigualdade e a evasão escolar persistem como desafios.
Trabalho Infantil no Brasil: Um Panorama Detalhado em 2024
Em 2024, o Brasil enfrenta um desafio persistente: o trabalho infantil. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados alarmantes, revelando que mais de 1,6 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos estão envolvidos em atividades de trabalho. Essa representação de 4,3% da população nessa faixa etária demonstra a magnitude do problema e a necessidade urgente de medidas eficazes.
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Comparando com o ano de 2023, houve um aumento de 34 mil jovens em situação ilegal de trabalho, elevando a taxa de variação em 2,1%. Apesar desse aumento, o IBGE ressalta que essa tendência não indica um crescimento generalizado, mas sim uma redução acumulada desde 2016, com uma diminuição de aproximadamente 21,4% no número de pessoas nessa condição. Essa trajetória positiva, embora lenta, demonstra que esforços têm sido feitos para combater o trabalho infantil.
O levantamento de 2024 também destaca a redução do número de crianças e adolescentes em ocupações listadas como as Piores Formas de Trabalho Infantil (Lista TIP), que envolvem atividades com riscos iminentes à saúde, segurança e moral. O patamar mais baixo registrado na série histórica evidencia um avanço significativo na proteção desses jovens. A diminuição no número de adolescentes entre 16 e 17 anos em situação de informalidade, que chegou a 756 mil, também contribui para essa melhora.
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A análise do perfil das vítimas revela que o trabalho infantil é predominantemente masculino, com 66% dos jovens explorados sendo meninos. No entanto, a disparidade de gênero se manifesta no rendimento, com as meninas ganhando, em média, 75% do que os rapazes em atividades igualmente precarizadas. Além disso, o salário médio de um menino em situação de trabalho infantil era de R$ 924, enquanto o de uma menina era de R$ 693. Essa desigualdade, aliada à pobreza, perpetua um ciclo de vulnerabilidade para as meninas.
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Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.












