Reconstrução de Gaza pode custar US$ 70 bilhões, revela ONU; destruição atinge 92% do território

Destruição em Gaza atinge 92%; ONU já retirou 81.000 toneladas de destroços na região.

14/10/2025 11:47

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Reconstrução de Gaza: Desafios e Necessidades Financeiras

A recuperação de Gaza, que sofreu destruição quase total, demandará pelo menos US$ 70 bilhões. Desses, US$ 20 bilhões precisam ser investidos nos próximos três anos para viabilizar a vida no território palestino, conforme documentado pela ONU nesta terça-feira.

Segundo o representante do Programa de Assistência ao Povo Palestino da ONU, Jaco Cilliers, estima-se que 55 milhões de toneladas de escombros, resultantes da destruição de diversas infraestruturas em dois anos de conflito, precisam ser removidas.

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Destruição Total e Desafios na Reconstrução de Gaza

A recuperação completa do enclave pode levar “décadas” e dependerá em grande parte do fluxo de recursos financeiros, que inicialmente virá de doações de outros países. A ONU espera que, posteriormente, o setor privado também participe do esforço.

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Com base nos dados atualizados da ONU, o nível de destruição em Gaza é de aproximadamente 84%, com algumas áreas chegando a 92%. Cilliers, que atua na agência de desenvolvimento da ONU (UNDP), informou que já foram removidas 81.000 toneladas de entulho, o que equivale ao volume de 31.000 caminhões.

Trabalho Emergencial e Reutilização de Entulho

Atualmente, a maior parte da remoção de escombros visa abrir acesso para agentes humanitários, permitindo que a ajuda e o suporte necessários cheguem à população de Gaza. Além disso, a limpeza de hospitais e outros serviços sociais está sendo priorizada.

Como parte da estratégia em curso, 13.200 toneladas de entulho foram trituradas com maquinário especial e reutilizadas. Esse material pode ser empregado na pavimentação de estradas e na construção de pisos em abrigos que estão sendo erguidos em Gaza.

Desafios Adicionais na Reconstrução e Segurança

Cilliers destacou que o processo de reconstrução enfrentará duas questões delicadas: a presença de cadáveres sob os escombros e o risco de projéteis não detonados. Esses fatores complicam ainda mais os esforços de recuperação na região.

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.