Em 2005, um escândalo de manipulação de resultados abalou o futebol brasileiro. O caso, popularmente denominado “A Máfia do Apito”, revelou um esquema que envolvia os árbitros Edilson Pereira de Carvalho e José Paulo Danelon em jogos do Campeonato Brasileiro daquele ano.
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Dez anos após os fatos, a série com o mesmo nome ilustra como se iniciou todo o processo e os detalhes da investigação e da reportagem publicada pela Revista Veja na época. A produção foi realizada pela produtora Feel The Match, em colaboração com o SporTV.
Em entrevista à CNN, Bruno Maia, produtor da série, comentou sobre os bastidores do processo de produção e relatou como foi converter o caso em material audiovisual.
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Denúncias apontavam para um esquema de manipulação dos resultados em jogos das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Os árbitros Edilson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon interferiam nos resultados das partidas para auxiliar apostadores a obterem lucros com placares combinados.
Foram expulsos do futebol e denunciados pelo Ministério Público por estelionato, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Os casos foram divulgados durante o Campeonato Brasileiro de 2005, resultando na repetição de 11 jogos.
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O escândalo modificou a classificação da competição, e o Corinthians foi declarado campeão daquele ano, com três pontos à frente do Internacional. Se os resultados originais tivessem sido mantidos, o clube gaúcho teria conquistado o Campeonato Brasileiro com uma pontuação superior à do time paulista.
Ela (a história) possuía uma força significativa no mercado que atuamos atualmente, das séries de crimes, de true crime. E acredito que a Máfia do Apito talvez seja o maior true crime brasileiro, no sentido de ser um crime relacionado ao futebol.
A série inclui declarações de várias pessoas relacionadas ao ocorrido, incluindo o árbitro Edilson Pereira de Carvalho, o empresário Nagib “Gibão” Fayad, os jornalistas André Rizek e Thaís Oyama, entre outros.
Bruno Maia afirmou que o interesse nos personagens foi o principal fator que o levou a se aprofundar no tema.
Ele descreveu como eram indivíduos comuns, um jornalista, um promotor. Um dos caminhos da narrativa era apresentar a grande aventura que dez pessoas comuns da vida diária se envolveram durante seis meses.
Ao mesmo tempo em que ocorrem as entrevistas, a produção exibe várias sequências de imagens que ilustram o tema em questão, sem reconstruir a cena propriamente dita.
A maior dificuldade foi criar uma série que qualquer pessoa pudesse assistir, sem a necessidade de gostar de futebol. No primeiro episódio, contabilizamos quase 900 pontos de corte. O desafio consistia em transformar uma narrativa linear, uma série de entrevistas que poderia ser um podcast, e construir ritmo e coerência entre as cenas.
Fonte por: CNN Brasil