Real se valoriza em relação ao dólar e taxas de títulos de renda fixa encerram-se próximos da estabilidade

Na manhã de hoje, os preços dos títulos do Tesouro e do petróleo subiram após o ataque de Israel ao Irã.

13/06/2025 18:29

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Real se valoriza em relação ao dólar e taxas de títulos de renda fixa encerram-se próximos da estabilidade
(Imagem de reprodução da internet).

Após registrarem lucros consistentes durante a manhã, em virtude dos incrementos nos rendimentos dos títulos do Tesouro e do petróleo decorrentes do ataque de Israel ao Irã, as taxas das DIs encerraram nesta sexta-feira (13) próximas da estabilidade no Brasil, em linha com a diminuição da força do dólar em relação ao real.

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A taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2026 situava-se em 14,845%, em comparação com 14,861% na sessão anterior. A taxa para janeiro de 2027 registrava 14,18%, em relação a 14,216%.

Os contratos de longo prazo apresentavam uma taxa de 13,71% para janeiro de 2031, em comparação com 13,709% na referência anterior, e a taxa para janeiro de 2033 era de 13,77%, em relação a 13,771%.

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Os mercados globais iniciaram a sessão de hoje, sexta-feira (13), com a informação de que Israel realizou ataques em grande escala contra o Irã, visando instalações nucleares, fábricas de mísseis balísticos e líderes militares. Em resposta, o Irã lançou mísseis contra Israel.

O novo ponto de tensão impulsionou o petróleo, que avançou cerca de 9% pela manhã, em razão das preocupações de que o Estreito de Ormuz – rota marítima crucial para o escoamento da commodity entre o Golfo Pérsico e o Golfo de Omã – possa ser impactado.

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No mercado de títulos do Tesouro, observou-se uma firme tendência de alta nos rendimentos, com investidores considerando os efeitos do aumento do preço do petróleo sobre a inflação nos Estados Unidos.

No Brasil, os avanços dos títulos lastreados em Treasuries e do petróleo impulsionaram as taxas das DIs. Às 10h01, a taxa de um título com vencimento para janeiro de 2027 alcançou o valor máximo de 14,295%, com alta de 8 pontos-base em relação ao ajuste anterior. Próximo a este horário, o dólar à vista também estava no maior patamar em relação ao real, próximo a R$5,60.

A queda na força do dólar no Brasil, com alguns agentes se aproveitando de cotações mais altas para vender moeda antes do fim de semana, enfraqueceu a curva a termo brasileira, afirmou um operador da mesa de renda fixa de um banco de investimentos, conforme reportado pela Reuters.

A elevação dos preços do petróleo, que também impacta a inflação no Brasil, indicava a possibilidade de juros mais elevados no futuro, porém o dólar trouxe um alívio para a curva de juros. Já na fase final, as taxas de alguns vencimentos, como a de janeiro de 2027, começaram a apresentar quedas brandas.

Internamente, as discussões em torno das medidas fiscais do governo Lula, que movimentaram os mercados durante a semana, perderam destaque.

Na quinta-feira, o Ministério da Fazenda comunicou que as ações que visam reduzir gastos, incluindo as previstas na medida provisória para compensar as alterações no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), resultarão em uma economia de R$4,3 bilhões em 2025 e de R$10,7 bilhões em 2026. Anteriormente, o ministério já havia declarado que as modificações tributárias propostas podem aumentar a arrecadação em R$10,5 bilhões em 2025 e em R$20,9 bilhões em 2026.

Na próxima sexta-feira, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda divulgará um estudo que aponta que os 0,01% mais ricos da população brasileira estão sujeitos a uma alíquota efetiva média de 5,67% sobre o Imposto de Renda, inferior àquela aplicada a pessoas com menor renda. O ministério argumenta a favor da aprovação da reforma tributária proposta pelo governo, visando diminuir a regressividade do sistema.

Na quinta-feira, a avaliação mais recente apontava para 62,50% de chances de aumento de 25 pontos-base na Selic na próxima semana, em comparação com 36,00% de probabilidade de manutenção. No dia anterior, os percentuais eram de 63,50% e 35,00%, respectivamente. A taxa Selic atual é de 14,75% ao ano.

No exterior, as taxas de juros mantiveram-se elevadas no final da tarde. Às 16h42 – já após as notícias de retaliação do Irã contra Israel – o rendimento do Treasury de dez anos – referência global para decisões de investimento – subia 6 pontos-base, a 4,413%.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.