O artista teve a prisão determinada judicialmente nos crimes de resistência, desrespeito, prejuízo, intimidação e agressão corporal; o rapper também est…
O rapper Oruam, nome artístico do cantor Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, foi detido na terça-feira (22) pela polícia no Rio de Janeiro. O cantor se apresentou na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, acompanhado da mãe e da namorada. A prisão foi decretada pela Justiça em decorrência dos crimes de resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. A Polícia Civil do Rio de Janeiro também investiga o rapper por tráfico de drogas e associação para o tráfico.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A decisão foi tomada após um ataque a policiais civis que tentavam apreender um adolescente na residência do cantor, na localidade de Joã, na zona oeste do Rio. A defesa do cantor alega que não foram detectados entorpecentes ou itens ilícitos durante as buscas realizadas na casa de Oruam, na madrugada da terça-feira (22). De acordo com a defesa, a resistência ocorreu em razão de abuso de poder por parte dos policiais.
A ordem de prisão determinada pela juíza Ane Cristine Scheele Santos menciona o artigo 129, parágrafo 12, do Código Penal, relacionado a lesões corporais. Oruam é acusado de disparar pedras contra um policial, causando ferimentos. Oruam reconheceu o ato, afirmando que lançou pedras em resposta ao apontamento de armas por parte dos policiais contra ele e seus amigos.
O processo contra o rapper permanece sob sigilo da Justiça. O delito de lesão corporal é agravado pelo ocorrido contra agente público no exercício da lei. O policial estava executando um mandado de busca e apreensão em relação a um menor que se encontrava na residência do cantor. Ele também responderá pelo crime de resistência, devido a ter dificultado a ação policial.
O crime previsto no Código Penal ocorre quando alguém se opõe ou resiste à execução de um ato legal utilizando violência ou ameaça contra o servidor – no caso, os policiais. O crime de desacato, também atribuído ao rapper, ocorre por meio de palavras, gestos ou atitudes que humilhem, desprestigiem ou ofendam o policial. Além da reação no momento da abordagem, Oruam utilizou as redes sociais para xingar e ofender os policiais. Como jogou pedras que atingiram as viaturas policiais, ele vai responder também pelo crime de dano ao patrimônio público.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O Ministério Público do Rio solicitou a prisão temporária (30 dias) do rapper, contudo, a juíza considerou cabível a prisão preventiva (sem prazo definido). A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirma que Oruam também está investigado por associação para o tráfico. Ele estaria ligado a traficantes do Comando Vermelho – o pai do rapper, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, é apontado como um dos principais líderes da facção. Marcinho cumpre pena em penitenciária federal, de onde coordenaria o tráfico.
A Polícia Civil informou que agentes estavam executando um mandado de busca e apreensão contra um adolescente sob suspeita de roubo de veículos, que estava se escondendo na residência do rapper. Ao sair e ser abordado pelos policiais, o indivíduo provocou uma reação violenta de pessoas que o acompanhavam, atacando os agentes com ofensas verbais e objetos.
Um dos homens envolvidos no ataque correu para dentro de casa e foi perseguido pela polícia, devido a uma situação de flagrante delito. O suspeito foi preso e algemado, porém Oruam não foi detido. Em seguida, o secretário da PCERJ, Felipe Curi, classificou o rapper como “um criminoso associado à facção criminosa Comando Vermelho”.
Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Carol Santos
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.