Rafa Kalimann Compartilha Jornada com Saúde Mental Durante a Gravidez
Em um momento de profunda transformação pessoal – física, emocional e espiritual – a influenciadora Rafa Kalimann decidiu compartilhar sua experiência com a saúde mental. Em entrevista recente, ela revelou que lida há algum tempo com episódios de depressão e síndrome do pânico, condições que, segundo estudos, podem se agravar durante a gravidez e se manifestar com maior intensidade no período pós-parto.
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Preparação e Busca por Apoio
Rafa destaca que não está apenas observando esses desafios, mas sim se preparando para enfrentá-los. Desde o início da gestação, assim que realizou o primeiro ultrassom, ela se mobilizou para garantir o suporte adequado. Buscou ajuda profissional – tanto de uma psicóloga quanto de um psiquiatra – com o objetivo de criar uma base emocional estável, que a sustentasse nos momentos mais difíceis.
Consciência e Autocuidado
A consciência dos hormônios, das mudanças no corpo, da expectativa, do medo do futuro e das incertezas, motivou-a a antecipar cuidados, em vez de reagir somente quando os sintomas se agravassem. Ela admite que a gravidez até agora tem sido marcada por sentimentos de insegurança e incerteza, que muitas mulheres enfrentam, mas nem sempre se sentem confortáveis para compartilhar.
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Redescoberta e Autenticidade
Rafa reflete que há uma tendência de romantizar a gestação, enfatizando apenas seus aspectos bonitos – o crescimento da barriga, a expectativa, os momentos de felicidade – mas pouco se fala sobre os dias de baixa autoestima, as dores físicas, a insônia, a sensação de sobrecarga, ou o receio de não corresponder às expectativas. “A gravidez não tem que ser romantizada”, ela afirma, “porque quando entramos nessa fase da vida, existe uma solidão muito grande. E o medo de ser julgada, de se sentir frágil ou fraca demais.”
Para ela, a preocupação maior está com o puerpério – o período logo após o parto, que pode trazer desafios inesperados. Ela sabe, pelos relatos de outras mulheres e pela sua própria história, que o pós-parto pode ser um momento de intensificação de sentimentos de depressão ou pânico. Por isso, seu plano de preparação emocional inclui estabelecer uma rede de apoio mais forte (familiares, amigos, profissionais), monitorar o sono, a alimentação, as atividades físicas, e reservar espaços para descansar, para “ser apenas mãe” sem pressão externa.
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Rafa também está aprendendo a observar seu corpo com gentileza. As mudanças físicas – o crescimento da barriga, o ganho ou perda de peso, o aspecto da pele, as transformações de humor – são algo novo, que pede adaptação. Ela se concentra em “como estou agora”, e em aceitar esse corpo que está cumprindo um papel extraordinário. Em vez de rejeitar ou comparar, ela busca olhar para cada mudança como parte de uma nova identidade, mais rica e complexa, que integra tanto fragilidade quanto poder.
A gestação também tem sido um momento de redescoberta interna. Rafa diz que está aprendendo a se ouvir mais, a dar atenção aos sinais de cansaço ou sobrecarga mental, a dizer “não” quando algo exige demais, a não carregar a culpa por não corresponder aos padrões de perfeição, inclusive os que ela mesma impõe. Ela acredita que preparar emocionalmente o pós-parto significa muito mais do que evitar crises – significa construir resiliência, amor-próprio, aceitação, e ainda permitir que cada etapa seja vivida com autenticidade.
Por fim, Rafa enfatiza que abrir esse diálogo é um ato político e libertador. Ao falar abertamente de depressão, de medos, de expectativas e inseguranças, ela espera contribuir para que outras gestantes se sintam menos isoladas. Que saibam que buscar ajuda não é fraqueza, mas coragem. Que cuidar da mente durante esse tempo não faz sentido apenas para evitar problemas, mas para permitir que a maternidade seja também um espaço de cuidado, de afeto, de construção de uma nova vida – dentro e fora – da própria mulher.
