Quem é o indivíduo acusado de envolvimento em ataque hacker de grande porte
A operação desviou pelo menos 541 milhões de reais da BMP, instituição de pagamento.

O profissional de Tecnologia da Informação da C&M Software, João Nazareno Roque, de 48 anos e residente em São Paulo, foi preso pela Polícia Civil de São Paulo sob suspeita de envolvimento no ataque hacker que resultou na fuga de pelo menos R$ 541 milhões nesta semana.
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Conforme a Divisão de Combate a Crimes Cibernéticos de SP, o servidor da empresa prestadora de serviços às instituições financeiras integrou um esquema de furto qualificado por meio eletrônico, por meio de operações fraudulentas via PIX, em prejuízo da empresa BMP Instituição de Pagamento S/A, causando um dano financeiro considerável.
A PCSP afirma que foi possível determinar que Roque estava envolvido nesse esquema, o que permitiu que outros membros do grupo efetuassem transferências eletrônicas em grande escala para diversas instituições financeiras.
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A C&M Software integra instituições financeiras à plataforma de pagamentos Pix.
João Roque apresenta no seu perfil profissional nas redes sociais um percurso de 20 anos como eletricista predial e residencial, com experiência na leitura e interpretação de projetos no AutoCad, além de quatro anos como técnico de instalação de TV a cabo e um ano como técnico de alarme de incêndio.
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Aos 42 anos, percebeu a necessidade e a importância de investir em um curso superior, iniciando seus estudos em Tecnologia da Informação devido à grande vontade e ao engajamento de retornar à área em que estava estudando.
Esta semana, a C&M já havia comunicado que “credenciais” haviam sido utilizadas de maneira indevida nesse ataque hacker histórico.
Ademais da prisão temporária, o indivíduo foi objeto de busca e apreensão e bloqueio de valores.
O homem admitiu que foi atraído por outros indivíduos, que o ajudaram a entrar no sistema e a efetuar as transferências via PIX diretamente ao Banco Central.
A nota do Banco Central esclareceu que a C&M e seus representantes ou empregados não atuam como terceirizados ou mantêm vínculo contratual com a instituição. A empresa é uma prestadora de serviços para instituições provedoras de contas transacionais, conforme informou a C&M Software, que segue colaborando de forma proativa com as autoridades competentes nas investigações sobre o incidente.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.