Quem é a vice que assume a prefeitura de São Bernardo do Campo após operação da PF

Com a prisão do prefeito Marcelo Lima (Podemos) no âmbito de operação da Polícia Federal que investiga suspeitas de corrupção, a prefeitura da Grande São Paulo passa a ser administrada pela vice, Jessica Cormick (Avante). A nova gestora é policial militar reformada.

A página da própria prefeitura destaca os quase 20 anos de atuação de Cormick na corporação, desde 2005. Foi soldado, cabo e sargento, e se especializou em polícia ostensiva. A descrição também menciona a participação da agente em cursos nas áreas de gestão pública e direitos humanos.

A prefeita interina, casada com outro policial conhecido no batalhão onde trabalhavam, declarou não ter ambições políticas até receber um convite de Lima para integrar a chapa que disputará as eleições de 2024.

A decisão de aceitar foi motivada pelo desejo de contribuir para a cidade e pela percepção de que sua experiência como policial, mulher, mãe e esposa era fundamental para a situação.

Na urna, ela concorreu como “Sgt. Jéssica Cormick”. A dupla com Lima foi eleita em segundo turno, com 55,7% dos votos, em disputa com Alex Manente (Cidadania).

Leia também:

Pesquisa revela que 59% dos cariocas apoiam operação de GLO no Rio de Janeiro, diz Genial/Quaest

CNBB pede nulidade de votos de Rosa Weber e Luís Roberto Barroso no STF sobre aborto

Aprovação da Gestão de Cláudio Castro atinge nível recorde, revela pesquisa do Datafolha

Apesar de ter deixado o serviço ativo, ele participa ativamente de solenidades e eventos relacionados à Polícia Militar, incluindo formaturas de novos graduados.

Marcelo Lima se afastou.

Lima teve seu afastamento do cargo determinado judicialmente, nesta quinta-feira pela manhã. Ele foi um dos alvos da Operação Estafeta, que ocorreu após a apreensão de 14 milhões de reais com um servidor municipal.

A Polícia Federal aponta suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa na gestão de Lima, que comandava a cidade.

A medida de afastamento é válida por um ano. Durante esse período, o político não poderá acessar o prédio da prefeitura e será monitorado por tornozeleira eletrônica. O pedido de prisão foi recusado pela Justiça.

Fonte por: Carta Capital