Qual o significado de grandes nações reconhecerem o Estado da Palestina?

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que buscará persuadir outros países a adotarem tal medida; Malta e Bélgica poderiam ser os seguintes a fa…

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou na sexta-feira (25) que iria reconhecer o Estado Palestino, o que provocou críticas significativas de Israel e dos Estados Unidos, além de possibilitar que outras potências, como o Reino Unido e o Canadá, também possam adotar uma postura semelhante.

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O presidente francês, Macron, divulgou uma carta no X, destinada ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, assegurando a determinação da França em prosseguir com o reconhecimento e em trabalhar para persuadir outros países a adotarem a mesma medida.

Ele anunciou que fará um comunicado oficial antes da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em setembro. Assim, a França se tornou o primeiro grande país ocidental a alterar a posição diplomática em relação ao Estado Palestino, após Espanha, Irlanda e Noruega o reconheceram oficialmente no ano passado.

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Qual a relevância dessa decisão?

O reconhecimento do Estado palestino é, em grande parte, simbólico, visto que Israel mantém a ocupação dos territórios onde os palestinos procuram estabelecer esse Estado na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com Jerusalém Oriental como capital.

A decisão da França, que acolhe as maiores comunidades judaica e muçulmana da Europa, pode impulsionar um movimento já influenciado por nações menores, frequentemente aquelas que criticam Israel.

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A decisão também faz com que Israel se mostre mais isolado no cenário internacional em relação à guerra em Gaza, que enfrenta uma onda de fome, que, segundo o chefe da OMS (Organização Mundial da Saúde), se assemelha a uma fome em massa causada pelo ser humano.

Israel garante seu compromisso em possibilitar a entrada de assistência humanitária em Gaza, ainda que necessite controlá-la para impedir o desvio por grupos armados. Israel alega ter autorizado a passagem de alimentos suficientes para o território durante o conflito e atribui o sofrimento da população de Gaza, que ultrapassa 2 milhões de pessoas, ao Hamas.

Quais foram as razões de Macron para agir e qual o impacto nas relações com Israel?

Macron vinha se inclinando para essa decisão há meses, como parte de uma tentativa de preservar a ideia de uma solução de dois Estados, apesar da pressão para que não a adotasse.

Ele optou por realizar tal ato antecipadamente, em vista de uma cúpula da ONU co-organizada pela França e pela Arábia Saudita sobre o mesmo tema, que ocorreria na semana seguinte, buscando persuadir outros países a avaliarem essa medida, ou aqueles que demonstram hesitação.

Antes do anúncio de Macron, representantes israelenses trabalharam por meses para evitar tal decisão, visando evitar o que alguns descreveram como uma “bomba nuclear” nas relações bilaterais.

Fontes conhecedoras do tema relatam que os alertas de Israel-França oscilaram da diminuição do intercâmbio de informações à complexidade das iniciativas regionais de Paris, chegando a incluir a alegação de possível anexação de porções da Cisjordânia.

Quem pode fazer a mesma decisão?

A decisão da França pode influenciar países grandes como Reino Unido, Alemanha, Austrália, Canadá e Japão a adotarem a mesma rota. Em curto prazo, Malta e Bélgica podem ser os próximos países da União Europeia a seguirem o mesmo caminho.

Um ministro britânico declarou na sexta-feira (25) que o Reino Unido apoia o reconhecimento eventual de um Estado Palestino, contudo, a prioridade imediata é amenizar o sofrimento em Gaza e assegurar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

A Alemanha declarou que não pretende reconhecer o Estado Palestino em um futuro próximo, porém sua principal preocupação é alcançar o “progresso muito aguardado” em direção a uma solução de dois Estados – Israel e um Estado palestino – que possam coexistir pacificamente.

Quais países já reconheceram o Estado da Palestina?

Irlanda, Noruega e Espanha declararam o Estado palestino com as fronteiras estabelecidas antes da Guerra do Oriente Médio de 1967, período em que Israel ocupou a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental.

Contudo, também reconheceram que essas fronteiras podem variar em futuras negociações para alcançar um acordo definitivo, e que as decisões não diminuíram a confiança no direito fundamental de Israel de existir com paz e segurança.

Aproximadamente 144 das 193 nações que compõem a ONU reconhecem a Palestina como um Estado, abrangendo a maior parte do hemisfério sul, além de Rússia, China e Índia. Contudo, apenas alguns dos 27 membros da União Europeia o fazem, como Suécia e Chipre.

A Assembleia Geral da ONU reconheceu o Estado Palestino em novembro de 2012, alterando seu status para o de “Estado não-membro” no organismo internacional.

Qual foi a reação dos Estados Unidos, Israel e palestinos?

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou a decisão da França, um dos principais aliados de Israel e integrante do G7, declarando que tal ato “incentiva o terror e pode gerar outro representante do Irã”.

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, qualificou a decisão de “vergonhosa e uma rendição ao terrorismo”. Ele complementou que Israel não toleraria a criação de uma “entidade palestina que comprometesse nossa segurança e ameaçasse nossa existência”.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou que os Estados Unidos “rejeitam veementemente o plano (de Macron) de reconhecer um Estado Palestino na Assembleia Geral da ONU”.

O plano imprudente serve apenas como propaganda do Hamas e prejudica a paz, publicou Rubio no X. “É um tapa na cara das vítimas de 7 de outubro” – uma referência ao ataque do Hamas contra Israel em 2023, que desencadeou a guerra em Gaza.

Agradecendo à França, o vice-presidente da Autoridade Palestina, Hussein Al Sheikh, afirmou que a decisão de Macron refletia “o compromisso da França com o direito internacional e seu apoio aos direitos do povo palestino à autodeterminação e ao estabelecimento de nosso Estado independente”.

O Hamas e outros militantes que historicamente controlam Gaza e que frequentemente entram em conflito com as forças israelenses na Cisjordânia, negam o reconhecimento de Israel.

Fonte por: CNN Brasil

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