Qual o motivo do aumento da intensidade das ondas de calor?
As alterações climáticas estão aumentando as temperaturas globais a patamares inéditos, de acordo com especialistas.

Temperaturas extremas quebram recordes globais neste ano, com o Hemisfério Norte enfrentando o verão e alertas divulgados nos Estados Unidos, além de temperaturas colocando em risco a vida no sul da Europa.
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Em junho, milhões de americanos sofreram com altas temperaturas, que ultrapassaram os 40 °C. No início de julho, a Europa foi afetada por uma onda de calor considerada “excepcional” por meteorologistas, devido à sua ocorrência tão cedo no ano.
As alterações climáticas são o principal responsável por novos recordes de calor. Em síntese, é correto.
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O aquecimento global está impulsionando uma variedade de eventos climáticos extremos em escala mundial, incluindo inundações, tempestades e secas, porém a alteração que se destaca é o aumento da intensidade do calor.
A World Weather Attribution (WWA), uma equipe global de cientistas que analisa o impacto das mudanças climáticas em eventos climáticos extremos, declarou que uma onda de calor na Ásia Central em março foi excepcionalmente intensa. A organização estima que as mudanças climáticas elevaram a temperatura cerca de 4 °C.
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A emissão contínua de gases que aquecem o planeta – em grande parte causada pelo uso de carvão, petróleo e gás – levará as temperaturas globais a um “território desconhecido” nos próximos anos, afirmaram cientistas.
A retenção de calor na atmosfera, causada pelos gases de efeito estufa decorrentes da queima de combustíveis fósseis, está elevando as temperaturas a níveis desconhecidos em diversas regiões do planeta.
Aproximadamente 90% do excesso de energia — ou calor — já foi absorvido pelos oceanos do mundo, amenizando o aumento da temperatura.
Os cientistas informam que as temperaturas da superfície do oceano atingiram o nível mais elevado já registrado.
Preocupam-se com o fato de que os oceanos podem estar ultrapassando sua capacidade de absorver calor, o que pode resultar em mais calor armazenado na atmosfera e temperaturas ainda mais elevadas.
Diversas pessoas desejam as altas temperaturas do verão, notadamente os turistas, e imagens de pessoas em praias ou se divertindo em fontes ainda são frequentemente apresentadas.
O calor pode ser fatal e muitas pessoas não estão preparadas, afirmam os cientistas. O estresse por calor extremo já diminuiu nos últimos 40 anos, conforme dados da agência espacial americana, a Nasa.
Em ambientes já úmidos, quando o calor e a umidade se unem para gerar a chamada temperatura de bulbo úmido acima de 35 °C, o organismo humano não consegue dissipar calor de maneira eficiente, afirmam os especialistas.
Sob condições tão extremas de calor, indivíduos podem falecer sem acesso rápido a ar condicionado, ventiladores ou outras modalidades de resfriamento.
Entre junho e julho, aproximadamente 2.300 indivíduos faleceram devido a fatores associados ao calor em 12 cidades europeias, conforme dados de cientistas do Imperial College London e da London School of Hygiene and Tropical Medicine.
Organizações de saúde europeias indicaram que até 61.000 pessoas podem ter falecido devido às ondas de calor na Europa em 2022.
Em 2021, uma onda de calor sem precedentes causou a morte de centenas de pessoas no estado americano de Washington e no Canadá vizinho.
O calor intenso pode gerar diversos desastres, incluindo a falta de água, o aumento das secas, incêndios florestais e a perda de biodiversidade.
As ondas de calor podem afetar negativamente as economias, devido à crescente dificuldade dos trabalhadores em desempenhar suas funções, sobretudo os que exercem atividades ao ar livre.
A atenção para o fato de que as ondas de calor estão se tornando cada vez mais perigosas é um primeiro passo essencial, afirmam médicos e cientistas.
Pesquisadores sobre calor sugeriram denominá-las como já acontece com furacões e outras tempestades intensas, a fim de destacar o grau de perigo que representam para as populações.
Contudo, a Organização Meteorológica Mundial das Nações Unidas afirmou que isso “não é necessariamente apropriado ou traduzível para ondas de calor”, uma vez que estas não são previsíveis e rastreáveis como os ciclones tropicais.
Assegurar que indivíduos expostos a ondas de calor tenham acesso a resfriamento adequado também é fundamental, porém ele eleva o consumo de eletricidade e pode levar a interrupções no fornecimento de energia.
O aumento do uso de ar condicionado pode intensificar as mudanças climáticas e gerar temperaturas mais elevadas, sendo essencial buscar alternativas de resfriamento de baixo carbono, como a utilização de energia eólica e solar, afirmam os cientistas.
Alterar os horários de trabalho e de estudo para períodos mais amenos do dia e proporcionar mais pausas e água aos trabalhadores pode salvar vidas, afirmam os cientistas, assim como identificar formas simples e de baixo custo de tornar as residências, escolas e ambientes de trabalho mais frescos, como pintar os telhados de branco.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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