Qual o motivo da alta tensão entre os tenistas no US Open?
Conflitos e divergências surgiram após as disputas do último Grand Slam do ano, levantando questões sobre o respeito e a conduta dos atletas nas quadras.

Outro dia no US Open, mais uma série de trocas intensas pela quadra, todas sem uma única bola ser devolvida.
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Flushing Meadows, o local do evento, viu-se palco de manifestações de emoções intensas no último torneio Grand Slam do ano, com uma altercação de gritos no sábado (30) representando a mais recente demonstração das paixões expostas em Nova York.
O espanhol Jaume Munar acabara de assegurar sua passagem para a quarta rodada com uma vitória em sets diretos sobre Zizou Bergs, quando se aproximou do seu adversário belga para perguntar se ele estava gritando “de propósito” enquanto rebatia a bola.
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Balanceando a cabeça em negação, Bergs afirmou que Munar não precisava “falar besteira”. Munar respondeu mencionando quando seu oponente lançou uma bola para a arquibancada durante o terceiro set, com Bergs sendo posteriormente penalizado com a perda de um ponto por abuso de bola e cedendo aquele game como resultado.
Após a partida, Bergs afirmou que Munar se incomodou com seus gemidos, mas ressaltou que não eram direcionados ao adversário, conforme a Associated Press. Munar explicou que, embora tivesse sentido que Bergs “fez algumas coisas erradas”, ouviu a justificativa de que não foi intencional.
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Tratou-se do incidente mais recente em uma série de confrontos pós-jogo que surgiram neste US Open, levando os jogadores a questionar as razões por trás das explosões de raiva.
Em menos de 24 horas, situações parecidas antecederam a vitória das americanas Peyton Stearns e McCartney Kessler sobre a romena Soran Cirstea e a russa Anna Kalinskaya.
A reunião das quatro jogadoras na rede resultou em uma conversa particular entre Kalinskaya e Stearns, conduzida sob a cadeira do árbitro, onde Kalinskaya foi ouvida na transmissão afirmando: “Eu só esperava algum respeito. Não viu você pedindo desculpas nenhuma vez.”
A discussão encerrou com um aceno de punho amistoso, uma decisão que Stearns relatou ao publicar nas redes sociais, afirmando que Kalinskaya não se desculpou após ter realizado diversos golpes de forehand em direção à Rússia.
Stearns relatou em uma publicação no X: “Nunca a toquei, mas levantei a mão e ela não estava olhando. Clarificamos tudo no final e está tudo bem.”
Desrespeito e falta de educação no US Open
A disputa pelo respeito foi o ponto central de uma intensa discussão entre Taylor Townsend e Jelena Ostapenko, com impactos que ultrapassaram o primeiro confronto na quarta-feira (27).
Ostapenko se desculpou nas redes sociais no sábado por acusar Townsend de “desrespeitosa” e de “não ter classe” ou “não ter educação” após não se desculpar por acertar a fita da rede, comentários que atraíram críticas da bicampeã do US Open Naomi Osaka.
Townsend garantiu a vitória contra Ostapenko em terceiro lugar, no confronto com Mirra Andreeva na sexta-feira (29), e também obteve sucesso na segunda rodada de duplas no sábado, afirmando não ter recebido o pedido de desculpas de Ostapenko, mas aceitando-o, considerando-o uma “lição de aprendizado” para a tenista.
“Ela esperava que eu reagisse de uma forma específica, e eu não reagi, o que a irritou”, declarou Townsend aos repórteres.
O que a motivou a proferir declarações que são dolorosas, agressivas e ofensivas, não somente para mim, mas para o esporte e para toda a cultura das pessoas que eu tento representar da melhor forma possível.
“Em suma, sofremos quando permitimos que nossos sentimentos influenciem as situações. Foi bom que ela tenha publicado nas redes sociais e pedido desculpas”, acrescentou.
Espero que ela perceba que não é possível controlar os outros e que seria melhor se concentrasse em si mesma.
A internet se tornou foco de um extenso debate acerca do fair play no tênis, semelhante à disputa envolvendo o saque curto, que gerou a insatisfação de Stefanos Tsitsipas no dia seguinte.
O tenista grego, finalista de dois torneios de Grand Slam, demonstrou irritação com as estratégias de Daniel Altmaier em uma derrota de cinco sets na segunda rodada, e discutiu com o alemão na quadra após o jogo.
“Na próxima, não se questione por que te venço… Se você sacar abaixo”, declarou Tsitsipas enquanto as mãos se apertavam, com Altmaier desconsiderando os comentários antes de se dirigir para cumprimentar o árbitro.
Contudo, o mais intenso protesto do torneio até o momento foi registrado na primeira rodada, com Daniil Medvedev sendo punido com uma multa de 42 mil dólares (R$ 228 mil) por comportamento antiético e uso indevido da raquete em sua derrota contra Benjamin Bonzi.
O russo iniciou uma série de críticas ao árbitro de cadeira após um fotógrafo pisar na superfície da quadra, e continuou batendo sua raquete contra o banco ao final da partida.
Todos estão nervosos
Portanto, qual o motivo dessa onda de raiva que atingiu Flushing Meadows? Os atletas possuem algumas teorias.
Para muitos, o ambiente é um fator relevante, especialmente entre o público de Nova York, devido à sua fama de ser barulhento, que transforma o Arthur Ashe Stadium, a maior quadra de tênis do mundo, em um local de grande ruído.
As áreas menores não constituíam exceção. Assobios e vaias surgiram enquanto o discurso de Medvedev provocava um frenesi entre os espectadores, com a plateia gritando a cada sacada de Bonzi.
“Nova York costuma gerar bastante conflito, na minha opinião. Sinto que o público é bastante exaltado e faz com que todos fiquem agitados”, declarou Jessica Pegula após alcançar as oitavas de final.
Coco Gauff, que conquistou a vitória em 2023, comentou sobre sua companheira americana, afirmando que, embora o público seja inegavelmente “fãs apaixonados de tênis”, muitos estão habituados aos tipos de atmosferas barulhentas comuns em outros eventos e arenas da cidade.
Gauff e Pegula também destacaram a relevância de encerrar o calendário de Grand Slams, com o último esforço por títulos ocorrendo em momentos de mentes e corpos exaustos.
Todos estão tensos. É o último slam da temporada, sua última oportunidade de ir longe em um slam por um tempo. Acredito que as pessoas possam ficar estressadas, e você está lá competindo e lutando e tentando vencer. Acredito que fica emocional. A adrenalina começa a fluir. As pessoas se envolvem.
Gauff afirmou que tais situações tensas acontecem “com frequência” durante competições realizadas ao longo do ano, porém ganham mais destaque nas redes sociais no US Open devido ao seu caráter de Grand Slam.
“Para mim e para os jogadores, é apenas mais uma semana no circuito. Mas essas coisas acontecem, eu diria, com mais frequência do que talvez pensem aqueles que só acompanham os Grand Slams”, declarou Gauff.
Sua próxima oponente nas oitavas de final, Osaka, vê alguma verdade no argumento do cansaço, mas está colocando um ponto final em outro: não culpe Nova York.
“Para mim, considero que Nova York me proporciona o meu melhor comportamento, portanto não sei o que todos estão fazendo”, declarou ela.
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Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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