Qual mensagem “O Conto da Comprachista” deixa para a sociedade? Elenco responde
A emissão foi encerrada na quarta-feira, 4, após seis temporadas.

A série “The Handmaid’s Tale” encerrou-se na quarta-feira (4), após seis temporadas – que totalizaram quase 10 anos de exibição. A produção, iniciada em 2017, apresenta como pano de fundo as consequências de uma facção católica ascender ao poder em decorrência de um ataque terrorista nos Estados Unidos.
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A série, inspirada no romance distópico da autora Margaret Atwood, apresentou uma narrativa intensa e um impacto social significativo, com foco em discussões sobre igualdade de gênero, controle sobre o corpo feminino e regressões democráticas.
Membros do elenco e equipe da série refletem sobre o significado da produção nos dias de hoje e o que esperam que o público leve consigo após cada episódio, em entrevistas exclusivas à CNN.
O intérprete de June Osborne, Elisabeth Moss, afirmou que a beleza da série reside na sua capacidade de ter múltiplos significados para as pessoas.
“Acredito que a principal lição é nunca desistir e que isso pode ter significados diversos para cada indivíduo. Claramente há uma mensagem política relacionada à série, mas espero que haja inspiração ou coragem para as pessoas no cotidiano. Talvez um adolescente que deseja ser quem é na escola, uma mãe que luta para fazer o que é certo para seu filho, alguém que tenta se reconectar com alguém que ama e que perdeu, ou até mesmo alguém que está lidindo com a perda de alguém que ama.”
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Considero que existe um cenário político mais amplo por trás da série, mas, em grande parte, a encaro de maneira mais pessoal, e espero que as pessoas assistam e, independentemente de sua condição social, encontrem inspiração, um pouco de coragem, garra e a audácia típica de June em seus dias.
Erich Tuchman, roteirista da série, expressou um sentimento semelhante ao de Moss.
“A principal lição de ‘A Mão Esquerda da Espada’ é nunca desistir, persistir na luta pela liberdade e pelos direitos. Nesta temporada, em particular, examinamos a coragem, a resiliência e a determinação que June e todas as pessoas oprimidas por Gilead exibem ao buscar a derrubada do sistema. Essa é a temporada da revolução, da rebelião.”
“Existe uma lição sobre perseverar na esperança, principalmente após repetidos fracassos, ao longo de toda a série. June, ao ser retornada a Gilead, sabe, deve ser capaz de manter a esperança, seja na série ou na vida em nosso país, globalmente. Espero que seja isso que as pessoas possam tirar desta série”, declarou Samira Wiley, que interpreta Moira na produção.
Bradley Whitford, ator que interpreta o Comandante Lawrence, enfatiza o aspecto político: “A série infelizmente reflete muito a atualidade, especialmente neste país onde há um aumento no que eu chamo de nacionalismo cristão branco e misoginia, sem mencionar o racismo. O que eu espero que as pessoas tirem disso é basicamente que o cerne do heroísmo da personagem que June interpreta, Lizzie, é o desespero, um luxo que nossos filhos não podem se dar, e a ação é o antídoto para o desespero nas experiências mais extraordinárias”.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.