A parceria voluntária criada pelo Reino Unido fomenta o progresso social entre antigas colônias do Império Britânico e acolhe mais de 2 milhões de indiv…
A Comunidade Britânica é uma aliança voluntária composta por 56 países, cujo principal objetivo é promover o desenvolvimento social, a paz e a prosperidade entre as nações que integram o grupo.
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O estabelecimento dessa organização, reconhecida como uma das mais antigas do mundo, está relacionado ao processo de autonomia dos territórios colonizados pelo Reino Unido.
À medida que alcançavam maior autonomia, essas nações escolheram preservar laços democráticos com o Reino Unido, fundamentando essa aliança em princípios compartilhados, tais como o estímulo ao comércio livre e o compromisso com o enfrentamento da pobreza e da desigualdade social.
Atualmente, mesmo que os países da Commonwealth não sigam mais a monarquia absolutista, onde o rei exerce total poder, eles ainda o reconhecem como uma figura simbólica. Dessa forma, o rei Charles III é o atual chefe da Commonwealth.
Atualmente, a Commonwealth engloba 2,7 bilhões de pessoas em cinco continentes, abrangendo economias prósperas e países em desenvolvimento. Adicionalmente, 33 dos 56 países são considerados Estados e nações insulares, como as Ilhas Salomão, no Pacífico.
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Confira a seguinte lista:
Em 1949, a Declaração de Londres, que instituiu a luta pelos direitos humanos e a democracia no continente europeu, gerou pontos e alterações relevantes para a Commonwealth.
O Paquistão, que era um dos Domínios, alcançou a independência do Reino Unido dois anos antes, em 1947. Contudo, o país aspirava a se tornar uma república, ou seja, renunciar à figura de um monarca como chefe de Estado. Paralelamente, almejava permanecer integrado à Commonwealth com os demais países.
Em Londres, durante uma reunião de autoridades, ficou definido que o documento contemplaria a possibilidade de repúblicas e outros países que não fizeram parte do Império Britânico se unirem à Commonwealth.
Atualmente, essa norma permanece válida, contanto que o país possua alguma ligação constitucional histórica com uma nação membro da aliança.
Ruanda, país do continente africano, nunca foi uma colônia britânica, mas faz parte da Commonwealth desde 2009.
A estrutura da Commonwealth é formada por um líder e três organizações intergovernamentais: o Secretariado da Commonwealth, a Commonwealth Foundation e a Commonwealth of Learning.
O rei George VI foi o primeiro líder da aliança, e a rainha Elizabeth II, filha dele, assumiu a posição quando ele morreu, em 1952. Contudo, o rei ou a rainha britânicos não são automaticamente chefes da Commonwealth. Os países que fazem parte da associação escolhem quem se torna chefe. Atualmente, quem ocupa o posto é o rei Charles III.
A posição de chefe é meramente simbólica para os países que compõem a aliança, visto que não há prazo mínimo ou máximo de permanência.
Ele assume um papel de liderança e coordenação, por exemplo, em eventos significativos da Comunidade Britânica, incluindo a CHOGM (Reunião dos Chefes de Governo da Comunidade), que ocorre a cada dois anos e aborda as questões mais prementes do planeta, como a insegurança alimentar e as alterações climáticas.
O Secretariado da Commonwealth é responsável por apoiar a aliança e coordenar as atividades entre os 56 países. O secretário-geral coordena toda a área, além de representar a Commonwealth publicamente e assumir o papel de diretor-executivo do Secretariado. Atualmente, o cargo é ocupado pela africana Shirley Ayorkor Botchwey.
A Commonwealth Foundation atua diretamente com comunidades, promovendo projetos sociais artísticos, culturais e ambientais em nações subdesenvolvidas. A sede tanto da Commonwealth Foundation quanto do Secretariado estão localizadas em Londres.
A Commonwealth of Learning se compromete integralmente com a promoção do desenvolvimento da educação e o compartilhamento de conhecimento, recursos e tecnologias de aprendizagem. A sede está localizada na cidade de Burnaby, no Canadá.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.