Quais são os detalhes do ataque a tiros em Jerusalém que resultou em seis vítimas fatais

Autoridades de segurança israelenses informaram ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, na semana passada, sobre o risco de uma “escalada significativa…

08/09/2025 10:08

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Quais são os detalhes do ataque a tiros em Jerusalém que resultou em seis vítimas fatais
(Imagem de reprodução da internet).

Na segunda-feira (8), um ataque a tiros em uma parada de ônibus em Jerusalém, logo após o horário de pico, resultou em pelo menos seis mortos e aproximadamente dez feridos.

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Agentes de segurança e um civil, que estavam no local, responderam e “neutralizaram” os agressores. Foram apreendidas diversas armas, munições e uma faca utilizada pelos atiradores.

De acordo com o MDA, serviço de resposta às emergências de Israel, entre as seis pessoas confirmadas como mortas estão três homens na faixa dos 30 anos, dois homens e uma mulher por volta dos 50 anos.

Leia também:

O Ministério das Relações Exteriores da Espanha confirmou que um cidadão espanhol está entre os mortos.

O serviço informou que entre os feridos há seis pessoas em estado grave, duas em condição moderada e três em estado leve, incluindo uma mulher grávida.

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Um residente de Jerusalém Oriental foi detido por tropas israelenses sob suspeita de participação no ataque, conforme relatado pela Polícia Israelense, que também informou que a pessoa está atualmente sendo investigada.

A investigação conjunta da ISA (Agência de Segurança de Israel) e da Polícia de Israel prossegue com o objetivo de assegurar justiça a qualquer indivíduo que tenha participado ou facilitado este ataque terrorista.

A atuação policial também foi intensificada, de acordo com o comunicado.

Jerusalém Oriental, ocupada por Israel, abriga um grande número de palestinos.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, comunicou anteriormente que os atiradores eram palestinos da Cisjordânia.

O Hamas saudou dois “combatentes da resistência” palestinos que, de acordo com ele, realizaram o ataque, embora não tenha assumido a responsabilidade. A Jihad Islâmica, outro grupo palestino, também elogiou o tiroteio.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu conduziu uma avaliação situacional com chefes de segurança após o ataque e visitou o local.

Estamos combatendo o terrorismo. O conflito persiste na Faixa de Gaza e, lamentavelmente, também em Jerusalém. Na Judeia e Samaria, neutralizamos centenas de ataques ao longo do ano, mas, infelizmente, não nesta ocasião, afirmou Netanyahu no local.

Judeia e Samaria é o termo bíblico utilizado pelos israelenses para designar a Cisjordânia ocupada.

Aumento das tensões no território da Cisjordânia.

Na semana passada, as autoridades de segurança israelenses alertaram o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sobre o risco de uma “grave escalada” na Cisjordânia ocupada, em decorrência das políticas do governo local, conforme relatado à CNN por duas fontes israelenses envolvidas nas discussões.

Netanyahu reuniu, na quinta-feira (4), ministros e autoridades de segurança para avaliar a situação no local, antecipando a possível resolução do Estado Palestino na Assembleia Geral da ONU e as respostas de Israel a essa ocorrência.

Os recentes tiroteios representam um dos ataques mais letais na cidade desde novembro de 2023, quando indivíduos do Hamas realizaram um ataque contra um ônibus cheio de passageiros em Jerusalém Ocidental, ceifando a vida de três israelenses e ferindo 16 pessoas.

As forças de segurança israelenses declararam que os responsáveis pelo tiroteio de 2023 tinham vínculos com o Hamas.

Em outubro de 2024, um palestino armado com uma arma de fogo e outro com uma faca assassinaram sete indivíduos em Tel Aviv.

O que temos até o momento:

Pelo menos seis pessoas faleceram, incluindo três homens na faixa dos 30 anos e dois homens e uma mulher na casa dos 50 anos, segundo informações das autoridades. Um cidadão espanhol está entre os mortos, conforme comunicou o Ministério das Relações Exteriores da Espanha.

No mínimo dez indivíduos foram atendidos por socorristas, sendo que seis estão em estado grave, duas em condição moderada e três em estado leve. A informação divulgada pelo serviço indica que uma mulher grávida também sofreu ferimentos.

A polícia israelense relatou que dois agressores, que chegaram a um cruzamento em Ramot em um veículo, abriram fogo contra um ponto de ônibus, após o horário de pico. Um agente de segurança e um civil presentes no local responderam e eliminaram os atiradores.

O Hamas não assumiu a responsabilidade, porém divulgou um comunicado celebrando o ato.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, estava programado para comparecer ao tribunal na segunda-feira (8) no curso do julgamento por corrupção que enfrenta. Após o ataque, a sessão foi cancelada e ele se deslocou rapidamente para o local.

A comunidade europeia manifestou sua condenação ao ataque, com diversas autoridades europeias expressando condolências nas redes sociais, e muitas delas solicitando o término do conflito entre Israel e o Hamas.

O presidente Emmanuel Macron declarou que seu país “condena veementemente” o ataque no cruzamento de Ramot, expressando suas condolências às famílias das vítimas, bem como a todo o povo israelense.

A espiral da violência precisa terminar. Apenas uma solução política trará paz e estabilidade para todos na região, afirmou Macron.

A França condena veementemente o ataque terrorista que ocorreu recentemente em Jerusalém Oriental.

Expresso minhas mais sinceras condolências às famílias das vítimas e a todo o povo israelense.

A espiral da violência precisa terminar. Apenas uma solução política trará a paz…

Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) 8 de setembro de 2025

A escalada da violência: Na semana passada, as autoridades de segurança israelenses alertaram o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sobre o risco de uma “grave escalada” na Cisjordânia ocupada, em decorrência das políticas do governo local, conforme relatado à CNN por duas fontes israelenses envolvidas nas discussões.

Fonte por: CNN Brasil

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.