A gravidez é um desejo comum para muitos casais, porém, a concepção nem sempre é simples. Estima-se que 15% dos casais brasileiros tenham dificuldades para engravidar. Para compreender o problema e identificar opções viáveis antes de tratamentos complexos, conversamos com o ginecologista Luiz Eduardo T. Albuquerque, especialista em Reprodução Assistida e Diretor Médico do Centro de Reprodução Humana Fertivitro.
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O Dr. Luiz Eduardo, por que há tantos casais enfrentando dificuldades para engravidar atualmente? Luiz Eduardo T. Albuquerque: A infertilidade tem se tornado mais frequente, e isso possui diversas causas. Uma delas é o estilo de vida contemporâneo, com estresse, falta de atividade física, tabagismo, má alimentação e exposição a poluentes. Além disso, muitas mulheres adiaram a gravidez, e a idade impacta diretamente a fertilidade feminina. Contudo, é importante ressaltar que o problema pode estar no homem, na mulher ou em ambos.
Quando um casal deve buscar auxílio médico? Luiz Eduardo T. Albuquerque: Se está tentando há mais de um ano sem sucesso, se a mulher tem menos de 35 anos. Acima dessa idade, o ideal é procurar ajuda após seis meses de tentativas. Quanto mais cedo identificarmos a causa, maiores as chances de sucesso com medidas simples.
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Sim, infelizmente, muitas pessoas acreditam que o problema reside sempre na mulher. Os dados indicam que em aproximadamente 30% dos casos, a questão é exclusivamente feminina, 30% exclusivamente masculina e os 40% restantes são mistos ou sem causa aparente. Por isso, é fundamental que ambos façam exames – como espermograma e avaliação hormonal.
Existem recursos simples que podem auxiliar os casais antes de procurar um tratamento mais complexo. Luiz Eduardo T. Albuquerque: Com certeza. Um exemplo são os lubrificantes vaginais específicos para quem está tentando engravidar. Eles não atrapalham a mobilidade dos espermatozoides como os convencionais e podem ser um aliado interessante. Além disso, testes de ovulação, aplicativos de monitoramento do ciclo e ajustar a frequência das relações sexuais nos dias mais férteis podem fazer uma grande diferença.
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Em relação à alimentação e estilo de vida, o senhor recomenda parar de fumar, reduzir o consumo de álcool, manter uma rotina de exercícios físicos, dormir bem e apostar em uma alimentação equilibrada, com frutas, legumes, grãos integrais e gorduras saudáveis. Tudo isso melhora a qualidade dos óvulos e espermatozoides.
A ansiedade pode influenciar a fertilidade. A pressão para engravidar pode causar um estresse significativo, impactando hormônios cruciais no processo reprodutivo. Contar com suporte emocional, por meio de terapia ou grupos de apoio, pode ser um fator importante para amenizar essa situação e otimizar as possibilidades de sucesso.
Mantenham o diázelem da saúde física e emocional, e não hesitem em procurar um especialista no momento adequado. Em muitos casos, a solução reside em atitudes simples e acessíveis. A medicina está presente para auxiliar, porém compreender o corpo e adotar hábitos saudáveis pode ser o primeiro e mais importante passo.
Da Redação / Portal Brazil Health
Fonte por: Jovem Pan
