Quais nações já estabeleceram acordos comerciais com Trump?

União Europeia, Reino Unido e Japão assinaram acordos com os Estados Unidos.

27/07/2025 22:10

6 min de leitura

Quais nações já estabeleceram acordos comerciais com Trump?
(Imagem de reprodução da internet).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estabeleceu um acordo com a União Europeia, que resultará na cobrança de uma taxa de 15% sobre as exportações do bloco.

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O encerramento da negociação ocorreu após uma reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

O acordo formaliza a política do governo dos Estados Unidos de reavaliar seus contratos de alíquota para buscar diminuir o déficit comercial americano. E a perspectiva de impostos elevados levou diversos países a buscarem acordos mais brandos — o Brasil, contudo, deve lidar com a taxa maior, de 50%.

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União Europeia

A nova taxa, de 15%, representa uma redução considerável em comparação com os 30% que estavam sendo aplicados anteriormente. De acordo com Trump, o acordo foi concluído após um anúncio de que o bloco europeu concordou em destinar US$ 750 bilhões do setor de energia e investir US$ 600 bilhões nos Estados Unidos.

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O acordo irá reequilibrar e possibilitar o comércio para ambos os lados, afirmou Ursula von der Leyen.

Japão

Na terça-feira (22), o presidente dos Estados Unidos anunciou um acordo com o Japão para diminuir a alíquota tarifária de 25%, aplicada desde o início de julho, para 15%. Em troca, o país asiático se comprometeu a investir US$ 550 bilhões nos EUA, além de abrir seu mercado para produtos agrícolas e automotivos americanos.

O aço e o alumínio japoneses foram removidos do documento e mantêm a alíquota anterior, de 25%. A informação foi divulgada em publicação na rede Truth Social.

Posteriormente, em evento na Casa Branca, Trump afirmou que o acordo com o Japão “poderia ser o maior da história” e geraria centenas de milhares de empregos.

Indonésia

Na terça-feira, a Casa Branca confirmou um acordo comercial com a Indonésia que prevê a “eliminação de 99% das barreiras tarifárias do país asiático para produtos americanos”, enquanto os EUA vão reduzir a tarifa de 32% para 19% para os produtos do país entrarem no mercado americano.

A Indonésia também se comprometeu a adquirir aproximadamente US$ 15 bilhões em produtos dos Estados Unidos nos próximos dois anos e a remover algumas restrições técnicas e sanitárias que restringiam a importação de produtos americanos.

Filipinas

O entendimento estabelecido entre os Estados Unidos e as Filipinas prevê a incidência de 19% de impostos sobre produtos provenientes do país do sudeste asiático, um valor inferior à média de 25% a 50% aplicada a nações sem acordo.

Além disso, produtos dos Estados Unidos exportados para as Filipinas terão isenção total de tarifa e os dois países reforçaram um compromisso de cooperação militar.

Vietnã

Os Estados Unidos estabeleceram uma alíquota de 20% sobre produtos vietnamitas importados, inferior aos 46% previamente divulgados, e uma taxa de 40% para produtos que transitam pelo Vietnã, porém, são de origem estrangeira.

Adicionalmente, o Vietnã permitirá aos Estados Unidos o acesso irrestrito aos seus mercados de comércio e não aplicará tarifas às importações de produtos americanos.

Reino Unido

O primeiro entendimento tarifário do segundo período de Donald Trump foi firmado com o Reino Unido. Comunicado em 8 de maio, estabelece uma alíquota base de 10% dos Estados Unidos sobre mercadorias britânicas e uma isenção completa de tarifas para componentes e produtos aeroespaciais britânicos dentro da quota estabelecida.

Em contrapartida, a Grã-Bretanha diminuiu a alíquota média sobre produtos americanos de 5,1% para aproximadamente 1,8% e haverá simplificação de procedimentos alfandegários para as exportações americanas.

Relações com a China

Estados Unidos e China estabeleceram um cessar-fogo tarifário, que será estendido por 90 dias. O acordo foi alcançado após Trump anunciar o aumento de tarifas sobre produtos chineses para um valor mínimo de 145%, o que interrompeu parcialmente o comércio entre os países.

Espera-se que os países se reúnam novamente na próxima semana.

Durante a pausa, Washington estabeleceu uma alíquota básica de 30% sobre produtos chineses, em vez dos 145%. Já o país asiático implementou taxas de 10% sobre produtos americanos até um novo acordo ser concluído.

Acordos em negociação

O presidente Donald Trump afirmou que a maior parte dos acordos, “não para todos”, será finalizada até agosto. Diversos países ainda não alcançaram um resultado, mas vários deles estão em negociações com os EUA.

No início de julho, a Bloomberg informou que os Estados Unidos estão negociando um acordo com a Índia que poderia diminuir as tarifas para níveis inferiores a 20%. Em troca, a Índia reduziria as tarifas sobre produtos agrícolas provenientes dos EUA.

O governo sul-coreano afirmou que fornecerá um pacote comercial “mutuamente aceitável” na próxima semana. A proposta incluirá uma cooperação na construção naval e uma tentativa na redução das tarifas de 25% que o país enfrenta atualmente.

A Argentina, alinhada com os Estados Unidos, ainda não formalizou um acordo, mas busca revogar as tarifas sobre a importação de produtos siderúrgicos do país. De acordo com o jornal Clarin, o governo argentino trabalha com a expectativa de alcançar a isenção tarifária sobre 80% do comércio bilateral.

O ministro de Comércio da Malásia, Anwar Ibrahim, declarou que está em negociações visando diminuir as tarifas para níveis inferiores a 20%. Atualmente, uma delegação comercial de Taiwan encontra-se em Washington buscando um acordo tarifário.

O Bangladesh adquiriu 25 aeronaves da Boeing como medida para amenizar as disputas comerciais e impedir um aumento de 35% nas tarifas.

E o Brasil?

Na quinta-feira (24), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, informou ter realizado uma conversa com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick.

Alckmin afirmou que uma das propostas envolve o aumento da relação bilateral com os Estados Unidos em até o dobro nos próximos cinco anos.

Empresários estão preocupados com a possibilidade do Brasil retaliar os Estados Unidos após a adoção de sobretarifas aos produtos americanos.

A expectativa do setor é que as negociações sejam conduzidas com cautela e, inicialmente, o governo consiga pelo menos um adiamento das tarifas para além do primeiro de agosto, permitindo mais tempo para as negociações.

Entretanto, essa situação enfraqueceu significativamente no domingo, quando Trump reiterou que não haveria novos acordos com outros países até o início do mês seguinte.

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Fonte por: CNN Brasil

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