Putin reafirma intenção de anexar Donbass
O presidente Vladimir Putin declarou que a Rússia irá anexar a região ucraniana de Donbass “de qualquer maneira”, reiterando uma de suas principais demandas no conflito. Ele chegou a Nova Délhi, na Índia, nesta quinta-feira (4), onde será recebido pelo primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
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Enquanto isso, autoridades ucranianas estão em viagem aos Estados Unidos para discutir um plano visando o fim da guerra, conforme informações de uma fonte ucraniana. Antes do encontro com Modi, Putin concedeu uma entrevista à India Today, afirmando que a Rússia “libertaria Donbass e Novorossiya de qualquer maneira – por meios militares ou outros”, segundo a agência de notícias estatal russa TASS.
Exigências da Rússia e desafios para a paz
Uma das principais exigências do Kremlin é a anexação de Donbass, que a Rússia já reivindica, mas ainda não conquistou totalmente. O termo Novorossiya, que significa Nova Rússia, refere-se a áreas que pertenciam ao Império Russo. Putin reviveu essa nomenclatura ao declarar a península da Crimeia como parte da Rússia em 2014.
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Com o governo russo intensificando suas demandas territoriais, que são constantemente rejeitadas pelas autoridades ucranianas, o caminho para um acordo de paz parece cada vez mais distante. Apesar das afirmações de Putin, uma análise do Instituto para o Estudo da Guerra indica que as forças russas só conseguiriam tomar toda a região de Donetsk em agosto de 2027, se mantiverem o atual ritmo de avanço.
Reuniões e negociações em andamento
Na terça-feira (2), Putin se reuniu em Moscou com Steve Witkoff, enviado especial da Casa Branca, e Jared Kushner, genro do presidente americano. Durante o encontro, Putin expressou que a Rússia não concordava com alguns aspectos da proposta dos EUA, considerando a situação uma “tarefa difícil” para que a Ucrânia retire suas tropas de Donbass e evite ações militares.
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Trump comentou na quarta-feira que a delegação americana teve uma “reunião muito boa” em Moscou e acredita que Putin “gostaria de ver a guerra terminar”, embora as negociações não tenham avançado. “O que resultará dessa reunião? Não posso dizer, porque é preciso duas pessoas para dançar tango”, concluiu.
