Putin afirma que tropas ocidentais na Ucrânia seriam alvos legítimos para ataque

A declaração foi emitida após aliados de Zelensky se comprometerem a oferecer garantias de segurança a Kiev.

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (5) que qualquer força militar ocidental enviada à Ucrânia seria um alvo legítimo para Moscou, em um aviso aos aliados de Kiev durante as discussões sobre medidas de proteção futura.

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O presidente Putin declarou um dia após o presidente francês, Emmanuel Macron, relatar que 26 países se comprometeram a oferecer segurança pós-guerra à Ucrânia, abrangendo uma força internacional em território terrestre, marítimo e aéreo.

A Rússia alega, há muito tempo, que um dos motivos para a invasão da Ucrânia era evitar que a OTAN admitisse Kiev como membro e posicionasse suas tropas no território ucraniano.

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Portanto, se algumas tropas surgirem ali, principalmente neste momento, durante operações militares, consideramos que serão alvos legítimos de destruição.

Se forem tomadas decisões que resultem em paz, numa paz duradoura, então simplesmente não vejo sentido na sua presença no território da Ucrânia, ponto final.

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A busca pelo fim da guerra

Os comentários de Putin evidenciaram o abismo entre a posição de Moscou e a de Kiev e seus aliados ocidentais em relação à forma das futuras garantias de segurança para a Ucrânia, sob qualquer acordo para finalizar a guerra de três anos e meio.

A Ucrânia procura intenso respaldo do Ocidente para se defender de possíveis ataques futuros. França e Reino Unido, que lideraram uma “coalizão dos comprometidos” em apoio à Ucrânia, indicaram que estão dispostos a enviar militares para a Ucrânia após o término do conflito.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que Washington não enviará tropas para o terreno, porém poderá oferecer outro tipo de assistência, incluindo força aérea.

Putin declarou que é necessário criar asseguramentos de segurança para a Rússia e a Ucrânia.

Ele reiterou que a Rússia certamente cumprirá esses acordos. Contudo, ressaltou que a questão ainda não foi tratada com seriedade.

Trump, que tomou posse em janeiro com a promessa de finalizar a guerra rapidamente, recebeu Putin para uma cúpula no Alasca no mês passado, sem obter nenhum progresso.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem há muito tempo insistido em um encontro direto com Putin para avançar em direção ao fim da guerra mais letal da Europa em 80 anos.

Putin afirmou nesta sexta-feira (5) que não enxergava grande relevância em tal reunião, argumentando que “será praticamente impossível alcançar um acordo com o lado ucraniano sobre questões-chave”.

Contudo, ele reiterou a oferta que fez no início desta semana de receber Zelensky para conversas em Moscou. “Eu disse: estou pronto, por favor, venha, com certeza forneceremos condições de trabalho e segurança, uma garantia de 100%.”

Parece que são apenas solicitações exageradas para nós.

Zelensky, sem mencionar diretamente Moscou como local, afirmou na sexta-feira: “Estamos preparados para qualquer reunião. Contudo, não acreditamos que Putin esteja pronto para finalizar esta guerra. Ele pode falar, mas são apenas palavras, e ninguém confia em suas palavras.”

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.

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