Em 3 de novembro de 2025, o presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) declarou que, se esperasse até o fim da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) para anunciar a licença para explorar a Margem Equatorial, estaria agindo com “pequenez e mentiras”.
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A declaração ocorreu em entrevistas concedidas à Associated Press e à Reuters.
A estatal brasileira, em 20 de outubro, havia autorizado a Petrobras a iniciar a perfuração de um poço exploratório no bloco FZA-M-059, mediante o aval do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
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O presidente enfatizou que, apesar dos compromissos ambientais, o Brasil não pode abrir mão do potencial econômico da região. Destacou que, caso seja encontrado petróleo, o processo de licenciamento será reiniciado.
O governo federal e a Petrobras informaram, em 30 de outubro, que o processo de licenciamento cumpre as exigências ambientais e é essencial para garantir a segurança energética do país.
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Ambientalistas criticaram a tomada de decisão, ocorrida às vésperas da COP30. Alegaram que a Petrobras, apesar de ser a empresa com maior competência em prospecção em águas profundas, não deve colocar em risco um projeto que acreditam ser benéfico para a humanidade.
A Petrobras ressaltou que o plano de emergência apresentado é o mais detalhado e robusto já elaborado para operações desse porte, garantindo a segurança da atividade e o respeito ao meio ambiente.
A perfuração do poço, localizada a 500 km da foz do rio Amazonas e 175 km da costa, na Margem Equatorial brasileira, é considerada uma nova fronteira exploratória, com potencial ainda pouco conhecido, mas que vem despertando interesse devido às características geológicas semelhantes às de grandes descobertas em outros países, como Guiana e Suriname.
