Prova de História do Enem 2025: Análise e Expectativas
A prova de história do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2025, realizada neste domingo (9), manteve a complexidade dos anos anteriores. Os candidatos enfrentaram diferentes níveis de dificuldade, exigindo um bom hábito de leitura e compreensão conceitual.
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Essa foi a avaliação do professor Vinícius Carneiro, do Objetivo, durante uma análise transmitida pela CNN Brasil logo após o exame.
Carneiro destacou que o exame não trouxe grandes surpresas ou inovações que dificultassem o acesso dos alunos ao conteúdo. “A prova respeita o que é o ensino médio no Brasil”, afirmou. Em comparação com edições passadas, houve uma diminuição no uso de imagens, com um foco maior em textos e documentos históricos.
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O professor ressaltou a importância da contextualização e da capacidade de relacionar o passado com o presente, abordando temas de cidadania e participação política.
Análise de Questões Específicas
- Gripe Espanhola: Considerada mais fácil, a questão tratou da falta de consenso sobre a origem da gripe e da censura de informações durante a Primeira Guerra Mundial. O professor fez um paralelo com a pandemia de Covid-19, alertando para o risco da desinformação.
- Sistema eleitoral no Império: Avaliada como mais direta, abordou a reforma eleitoral de 1881, que substituiu o voto censitário pela exigência de alfabetização, excluindo grande parte da população.
- Comércio de Veneza: Classificada como mais fácil, explorou o papel de Veneza como um polo de integração entre Oriente e Ocidente no comércio mediterrâneo, desmistificando a ideia de sociedades fechadas na Idade Média.
- Roda dos expostos: De dificuldade mediana, a questão tratou da função sociorreligiosa da Igreja Católica no Brasil colonial, especificamente sobre o acolhimento de crianças abandonadas.
- Patrimônio e Muro de Berlim: Esta questão discutiu a preservação do Muro de Berlim e sua importância histórica, enfatizando a memória coletiva e os protestos dos moradores contra sua destruição.
- Povos originários e canibalismo: Considerada fácil, a questão abordou a visão preconceituosa europeia sobre os rituais indígenas, estigmatizando os povos originários.
- Roma Antiga e leis escritas: Uma questão mais direta que tratou da exigência dos plebeus por leis escritas, como a Lei das 12 Tábuas, para garantir direitos e participação política.
- Povos originários e direitos indígenas: De nível médio, a questão discutiu os direitos dos povos indígenas, valorizando sua ciência, cultura e tecnologia.
- Imprensa Régia: Classificada como intermediária a mais difícil, abordou o papel da Imprensa Régia na integração das regiões ao poder central do Rio de Janeiro após a chegada da corte.
O professor Vinícius Carneiro enfatizou que a prova de história exigiu dos alunos um “conhecimento conceitual mais consistente” em vez de mera memorização. Ele aconselhou os candidatos a desenvolverem uma boa estratégia de leitura, compreendendo textos e imagens, e a desmistificarem a ideia de que o teste é excessivamente difícil, pois apresenta diferentes níveis de complexidade. “A prova discute questões relevantes para a sociedade contemporânea”, concluiu.
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Correção Extraoficial do Enem 2025
A CNN Brasil realizará, no dia 16 de novembro, a partir das 20h, a correção extraoficial das provas, com professores de biologia, química, física e matemática do Objetivo. Os gabaritos extraoficiais das provas de ciências da natureza e matemática também estarão disponíveis no site da CNN após a aplicação do Enem.
