Proposta de Emendas à Lei nº 14.376/2022: Com 89 parlamentares presentes no plenário, apenas quatro deputados comparecem em comissão para ouvir o ministro da Previdência
Assessores da oposição admitiram que houve falha de estratégia e de comunicação para pressionar o ministro da pasta e ex-vice de Carlos Lupi.

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, esteve na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (10) para responder aos questionamentos dos deputados sobre o escândalo do INSS, tema adotado pela oposição para instaurar uma CPI. No entanto, pelo retrato do plenário nesta terça-feira, o tema não é tão prioritário quanto a oposição tem pregado. Quem passou pela sala que reuniu as comissões de Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, e de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados pode sentir a ausência dos parlamentares. Pelo Partido Liberal, apenas 4 parlamentares registraram presença entre membros, titulares e suplentes. O União Brasil registrou presença maciça no colegiado com 7 parlamentares. Os dados são do painel de presença da Câmara dos Deputados.
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Apoadores da oposição, ouvidos por esta coluna, admitem que houve um erro de estratégia e de comunicação ao tentar pressionar o chefe da pasta e ex-número 2 de Carlos Lupi (PDT), demitido após o esquema ser revelado. Assessores de líderes da oposição também justificam que os parlamentares acompanhavam o depoimento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) no mesmo horário da audiência, o que levou a oposição a se mobilizar para se solidarizar com o ex-presidente e gerar engajamento nas redes sociais com declarações do ex-mandatário.
Deputados ouvidos nesta quarta-feira (11) consideram improvável o retorno rápido do ministro ao colegiado. Com uma maioria governista expressiva, Wolney Queiroz se sentiu à vontade para fornecer esclarecimentos sobre a área. O ministro afirmou que o valor total da fraude milionária ainda é uma estimativa, dependendo da contestação do beneficiário. Segundo Wolney, mais de 3 milhões de aposentados e pensionistas não autorizaram os descontos.
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Três associações são líderes em reclamações, com quase 700 mil: Ambec, Conafer e Amar Brasil. A Ambec registrou mais de 255 mil contestações; a Conafer, 240 mil; e a Amar Brasil, 191 mil. Segundo o ministro, essas entidades foram cadastradas em 2021 e 2022, durante o governo Jair Bolsonaro. Ele afirmou que o governo atual agiu a tempo para barrar as fraudes.
O ministro declarou que a instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) pode prejudicar o ressarcimento e as investigações. Wolney complementou que mais de 685 mil pessoas já procuraram as agências dos Correios para verificar se haviam sido descontados ou não.
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Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.