Proposta de desoneração da folha de pagamento adotou uma abordagem intermediária, afirma Haddad
O ministro da Fazenda afirmou que não se incomoda se “100% da agenda” da equipe econômica não for aprovado.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na terça-feira (3.jun.2025) que a solução para a desoneração da folha salarial de 17 setores da economia foi “um meio termo”. Defendeu que o Brasil vive uma democracia e que a equipe econômica não pode esperar a aprovação de 100% das propostas apresentadas pelo governo.
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A declaração foi proferida no evento “Os três poderes e a democracia: conflitos e consensos entre as instituições”, organizado pela revista Piauí.
Em 2024, Haddad atuou em favor do fim da isenção da folha de pagamento e o Congresso decidiu manter a renúncia fiscal. Em 2025, o Congresso votou para implementar o aumento gradual dos salários até 2028, com medidas para compensar a redução da arrecadação federal.
Anteriormente, Haddad afirmou que os recursos não foram suficientes para atender a toda a renúncia fiscal. Na terça-feira (3.jun.2025), o ministro suavizou o tom das críticas. “Não encerrou o benefício, mas criou-se uma gradação para acabar com ele em 25% ao ano em 4 anos. São medidas da democracia”, disse. “Não tenho queixa a respeito de não conseguir 100% da agenda da Fazenda”.
Em um período de dois anos e meio, considero que progredimos. Tivemos diversos indicadores externos que demonstram que o Brasil se encontra em um patamar distinto do que se encontrava há dois anos. Ainda há uma última etapa a ser cumprida, e, enquanto estiver no cargo, farei um esforço adicional para que esse objetivo seja alcançado, afirmou Haddad.
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O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentará as condições favoráveis para o próximo período.
O ministro realizou reunião na noite de segunda-feira (2.jun.2025) com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para tratar do impasse em relação ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Em 28 de maio, os líderes das Casas legislativas concederam 10 dias a Haddad para apresentar uma solução alternativa ao aumento do tributo. Na ausência de uma resposta, Motta deve dar prosseguimento no plenário da Câmara a um PL (Projeto de Lei) que visa revogar o decreto que elevou o imposto.
Após a pressão da Câmara e do Senado, Haddad afirmou que o encontro com Motta e Alcolumbre foi “excelente”, e que o impasse do IOF foi “a melhor coisa que poderia ter acontecido”, pois uniu os Poderes para adotar medidas estruturais que visam equilibrar as contas públicas.
Haddad afirmou que a “isenção da folha de pagamento” não foi resolvida até o momento. Declarou que o problema persiste há um ano e meio. “Estamos aguardando essa compensação há um ano e meio”, justificou.
Em novembro de 2024, o ministro da Fazenda atribuiu a responsabilidade pela continuidade da isenção da folha à imprensa.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.