Promotores de justiça solicitam que os envolvidos em chacina em Viçosa do Ceará sejam julgados por meio do júri popular

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) apresentou, na segunda-feira (16), as alegações finais no caso da chacina de Viçosa do Ceará, localizada no interior do estado, a aproximadamente 350 quilômetros de Fortaleza. O ocorrido resultou em oito vítimas fatais e um ferido, registrado em junho de 2024.

A solicitação foi apresentada pela 2ª Promotoria de Justiça de Viçosa, em colaboração com o Grupo de Ação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).

A acusação solicitou que quatro indivíduos, considerados suspeitos de fazerem parte de uma organização criminosa, passem a ser julgados por júri popular. Eles podem ser julgados pelos nove crimes de homicídio doloso e por organização criminosa.

Leia também:

Piloto de parapente é encontrada em voo e resgatada em mata no Ceará

Sobrinho de Marcola é absolvido por liderar o PCC na região Nordeste

O júri remanda a condenação de sete policiais militares acusados de omissão na chacina do Curió

A acusação do Ministério Público sustenta que os homicídios, seja praticados ou tentados, devem ser julgados com duas qualificadoras: motivo torpe e recurso que obstaculizou a defesa das vítimas. A investigação indica que os crimes se desenvolveram em razão de uma disputa entre facções rivais pela condução do tráfico de drogas na área.

A solicitação do Ministério Público será avaliada por uma comissão de juízes. As alegações da defesa dos réus ainda deverão ser apresentadas antes da definição sobre o prosseguimento do processo para a fase do Tribunal do Júri.

Relembre o caso

A chacina aconteceu em 20 de junho de 2024. As vítimas, com idades entre 16 e 26 anos, foram atacadas de forma abrupta e inesperada. Segundo o Batalhão da Polícia Militar da cidade, elas estavam consumindo álcool, reunidas na Praça Clóvis Bevilácqua, no centro da cidade, quando indivíduos armados, a bordo de um automóvel preto, abriram fogo contra todas as vítimas.

Oito pessoas faleceram, sete no local e outra dias depois, no hospital, e uma sobreviveu aos disparos.

Sob a supervisão de Carolina Figueiredo.

Fonte por: CNN Brasil