Duas professoras de uma escola municipal infantil em Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), foram indiciadas por atos de maus-tratos com crianças de 1 ano e meio.
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As investigações da Polícia Civil identificaram comportamentos inadequados no ambiente escolar.
A denúncia surgiu após a mãe de um aluno gravar uma gravação com insultos e comentários ácidos de professoras direcionados às crianças. Ela compartilhou o material com outros pais e o grupo compareceu à delegacia para registrar a ocorrência.
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Conforme o delegado Ernesto Prestes, uma gravação de 8 horas revelou 7 minutos de abuso nos métodos de correção e disciplina, nos termos do artigo 136 do Código Penal, relacionado a crimes de maus-tratos.
As professoras utilizavam expressões como “calar a boca” e “ir dormir” durante os choro dos alunos. Em outra ocasião, apelidaram uma criança de “louco”.
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“Quando se discorre sobre maus-tratos, surge algo quase como uma tortura, mas não se trata disso”, explicou Prestes.
O delegado declarou não ter identificado agressões físicas após analisar as gravações. Alguns pais relataram que, em algumas ocasiões, seus filhos apresentavam marcas no corpo de hematomas leves. Um celular utilizado pela escola para comunicação com os pais continha diálogos em que as professoras informavam aos responsáveis que as crianças sofreram quedas ou se envolveram em brigas.
É lamentável que os danos ocorram devido a quedas e pancadas inesperadas das crianças. O grupo é formado por crianças com uma média de 1 ano e meio de idade, e as professoras relataram que elas andam, porém não possuem um equilíbrio bem consolidado.
A Polícia Civil interrogou 19 indivíduos, incluindo pais, professores, diretores e funcionários da escola. Realizaram-se também investigações no local para observar o funcionamento de um dia escolar.
Ademais das duas professoras, o município afastou, inicialmente, uma terceira profissional. No entanto, ela não foi indiciada, pois, segundo a polícia, não praticava os insultos.
O delegado afirma que ela procurava o diálogo com as crianças, tentando compreender o motivo de seu choro e acalmá-las por meio da conversa, assim como se esperava das outras duas professoras.
O pedido foi direcionado ao Ministério Público.
Fonte por: CNN Brasil