Professor se desculpa após pedir “guilhotina” para família Justus
Marcos Dantas declarou que a menção à filha de 5 anos do empresário se tratava de uma “simples metáfora” em publicação no X.

O professor aposentado Marcos Dantas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), publicou na segunda-feira (7.jul.2025) uma nota ao empresário Roberto Justus, na qual afirma que o comentário sobre o uso da “guilhotina” em referência à filha de 5 anos do empresário foi uma “simples metáfora”.
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A publicação de Dantas ocorreu em reação a uma postagem do perfil @PopOnze, que divulgou fotos de Roberto Justus com sua esposa, Ana Paula Siebert, e a filha do casal. Na imagem, a criança ostentava uma bolsa avaliada em R$ 14.000.
Marcos escreveu: “Não passou por minha cabeça, em momento algum, fazer qualquer ameaça pessoal ao senhor, à sua esposa ou à sua filha. Isso seria um absurdo”.
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Uma metáfora transformou-se em ameaça criminal. Destinava-se a ser, e continua sendo, uma simples metáfora, aliás utilizada ocasionalmente por alguém no X (antigo Twitter). Uma referência simbólica a um evento dramático, mesmo trágico, que marcou para sempre a história da humanidade: a Revolução Francesa. Qual o motivo dessa revolução? Uma realidade de intensa desigualdade social, fomentando o radicalismo político.
Uma imagem “repetição de imagem” chegou-me, da maneira aleatória que chega no X, acompanhada de um comentário de pessoa com a qual volto e meia troco mensagens pelo X, fazendo referência a outro fato histórico, pelos mesmos motivos igualmente violento e dramático. Eu, inspirado na famosa frase de Maria Antonieta “se não tem pão, comam biscoitos”, respondi com a dita metáfora. Compreendo ser um símbolo dramático que nos alerta a todos da tragédia que se pode seguir a tanta insensibilidade social.
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Sr. Justus,
Não, em momento algum passou pela minha cabeça fazer qualquer ameaça pessoal a você, sua esposa ou sua filha. Seria um absurdo! Aos 77 anos de idade e com vida realizada, felizmente sem motivos para complexos ou ressentimentos, sei muito bem, política e eticamente, que não resolveremos nossos graves problemas sociais, que o senhor certamente não ignora, através de violência social, muito menos individual. Contudo, temo que se concretize o vaticínio cantado por Wilson das Neves em seu samba “No dia que o morro descer e não for carnaval/ Ninguém [inclusive eu] vai ficar para o desfile final”. Lembrar dessas tragédias históricas, pode servir (gostaria que servisse) para alertar a todos quanto a situações que só estimulam, nas mentes mais simplórias, explosões de raiva. Repito: não tive, não tenho, não passou pela minha cabeça ameaçar sua família. Mas se por obra desses incontroláveis fatores próprios da internet, o post chegou a conhecimento e causou-lhe tantas e compreensíveis preocupações, peço sinceramente que me desculpe.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.