O especialista em Direito Constitucional da FGV, Rubens Glezer, ofereceu uma análise minuciosa do cenário que precedeu os acontecimentos de 8 de janeiro, evidenciando indícios de uma tentativa de golpe de Estado.
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Conforme Glezer, as ações não se limitaram à depredação da Praça dos Três Poderes, como argumentam os advogados de defesa. O especialista destaca que houve uma série de eventos anteriores, incluindo o incêndio de ônibus em Brasília e anotações de integrantes do Palácio do Planalto que sugeriam a intenção de não realizar a transmissão do cargo.
Estratégia e articulação
De acordo com o professor, certos indivíduos ligados aos atos de 8 de janeiro visavam gerar um cenário de caos social com o propósito de incitar a intervenção das Forças Armadas. Essa estratégia é registrada em relatório da Polícia Federal, que aponta para uma articulação mais abrangente.
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Glezer ressalta que as discussões sobre uma possível intervenção militar não eram meras “conversações informais”. O especialista destaca a existência de documentos, mensagens de WhatsApp e vídeos que comprovam a articulação entre os participantes, incluindo a elaboração de discursos e planos detalhados.
O professor argumenta que, quando analisados em conjunto, os elementos revelam uma trama golpista estruturada. “Se você costura os fatos, se você costura a relação que esses agentes tinham entre si, o que você tem é uma trama golpista”, afirma Glezer, destacando que a acusação trabalha para estabelecer esse contexto mais amplo, enquanto a defesa tenta focar em aspectos específicos e isolados.
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Fonte por: CNN Brasil
